Preço da cesta básica sobe em 14 capitais brasileiras, diz Dieese

09/01/2009

São Paulo – Os produtos essenciais da alimentação do brasileiro aumentaram de preço em outubro na comparação com setembro, em 14 capitais de um total de 16 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A maior alta ocorreu em Belo Horizonte (6,89%), seguida por Vitória (5,41%), Florianópolis (5,22%), Aracajú (4,53%), São Paulo (4,44%) e Curitiba (4,22%). Houve queda apenas em Recife (-0,79%) e Salvador (-0,47%).

A pesquisa aponta que, apesar de ter do aumento na maioria das capitais, em 15 cidades as variações acumuladas desde janeiro são negativas. Brasília lidera a queda com -7,7%, seguida de Recife (-6,91%), Curitiba (-6,91%), Porto Alegre (-6,39%) e Rio de Janeiro (-6,37%). A exceção é Florianópolis com alta de 0,43%.

Nos últimos 12 meses até outubro, o valor aumentou em 13 cidades. A menor correção, 0,29%, foi em Curitiba e a mais alta, 9,32%, em Belo Horizonte.

Os principais produtos que provocaram a alta foram tomate, carne, feijão e arroz. Enquanto o feijão teve alta em 11 cidades, o arroz ficou mais caro em dez, chegando a custar 10,53% mais em Brasília, 9,42% em Curitiba e 5% no Rio de Janeiro. Esse mesmo item foi encontrado com preço 5,47% mais baixo em Porto Alegre e 3,97% em Aracajú.

O paulistano foi quem pagou mais caro pela cesta básica: R$ 179,74, valor que representa um aumento de 2,84% em comparação com outubro do ano passado.

Em Porto Alegre, a alta de 0,78% na cesta foi uma das mais baixas depois de Brasília (0,74%). Mas na capital gaúcha o conjunto dos itens essenciais estava sendo vendido pelo segundo maior valor, R$ 179,07.

No sentido oposto, os menores preços foram encontrados em Fortaleza com R$ 128,00, ou 1,47% maior do que, em setembro; e em Recife com R$ 130,62 com queda de (-0,79%).

Pelos cálculos do Dieese, para garantir a compra da cesta e ainda ter espaço orçamentário para as despesas com saúde, moradia, educação, higiene, lazer e previdência, uma família formada por um casal e dois filhos deveria ter tido um ganho mínimo de R$ 1.510,00, em outubro ante R$ 1.492,69 em setembro.

Fonte:
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil