População brasileira prefere usar dinheiro em espécie nas transações

09/01/2009

Pesquisa do BC mostra que 55% dos trabalhadores recebem seus salários em dinheiro vivo

A maioria da população brasileira recebe salário e paga suas contas em dinheiro, segundo pesquisa encomendada pelo Departamento do Meio Circulante) do Banco Central. Pelos dados obtidos, 55% da população brasileira recebe seu salário em espécie. Esse percentual sobe para 70% na região Nordeste.

No pagamento de dívidas e nas compras é também o dinheiro o principal meio utilizado. Entre os entrevistados, 77% declararam usar o dinheiro nessas transações. O dinheiro em espécie é mais usado para o pagamento de compras de baixo valor, tais como os gastos em padarias e mercadinhos. Na medida em que o gasto vai ficando mais elevado, como a compra de eletrodomésticos ou roupas e calçados, diminui o percentual da população que usa o dinheiro como forma de pagamento.

A pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro” foi encomendada ao Datafolha e realizada em outubro de 2007. Assim como a pesquisa feita em 2005, o objetivo foi avaliar como a sociedade utiliza o dinheiro.

Na pesquisa de 2007 foram realizadas 2.041 entrevistas finais. Na amostra foram contempladas todas as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal. As entrevistas foram dirigidas à população e ao comércio e prestadores de serviços.

Cuidado com o dinheiro

A pesquisa indica que a maioria da população brasileira guarda o dinheiro em local adequado. A carteira é usada para guardar o dinheiro por 63% dos entrevistados. Esse percentual era de 61% na pesquisa anterior. Outras formas declaradas de guardar as cédulas são solto na bolsa (10%), em compartimentos dentro da bolsa (7%), em carteirinhas dentro da bolsa (5%) ou em porta-níqueis (2%).

Em relação à moeda, 30% dos entrevistadas disseram que guardam as moedinhas no bolso. Outros 26% na carteira e 29% em porta-níqueis. Na pesquisa anterior 29% guardavam as moedinhas no bolso, 23% na carteira e 35% em porta níqueis.}

Hábitos de uso

A maioria dos entrevistados costuma levar, diariamente, valores médios de até R$ 20, elegendo as notas de R$ 10 e R$ 5 como suas preferidas (mais de 50%). Essa preferência contrasta com a disponibilidade de notas em terminais bancários, onde as notas de R$ 5 são encontradas em apenas 11% dos caixas eletrônicos.

Segurança

As campanhas do BC sobre o dinheiro foram importantes para a população identificar os elementos de segurança das cédulas. A pesquisa mostra que 50% dos entrevistados se lembram da divulgação sobre o reconhecimento de cédulas verdadeiras. Mais de um terço dos entrevistados, 36%, viu a propaganda pela televisão.

A freqüência com que se verifica se a nota é verdadeira cresceu entre 2005 e 2007, passando de 53% para 58%. Isso contribui para reduzir a circulação de notas falsas. Quanto mais alto é o valor da cédula maior a preocupação se o dinheiro é verdadeiro ou falso.

Entre os elementos de segurança, o verificado com maior freqüência (47%) é a marca d’água das cédulas. O dado é positivo, pois este é o elemento de maior dificuldade para imitação pelo falsário.

Fonte:
Cidade Biz