Pirelli traz sua grife para o Brasil
09/01/2009
A Pirelli mundial decidiu trazer para o Brasil um novo braço de negócios: a grife Pzero, que nasceu há dois anos.
A marca ainda é pouco conhecida no país, mas faz sucesso na meca mundial da moda, a Itália, concorrendo com Prada e Gucci. Tem como estilista Gigi Vezzola, ex-Dolce & Gabanna, e seus produtos – roupas, sapatos e acessórios – são voltados para homens, mulheres e crianças.
“A Pzero é um projeto ambicioso, que quer juntar um pouco de moda com a alta tecnologia já utilizada pelo grupo”, diz o jovem Marco Maria Tronchetti Provera, sobrinho do dono do grupo Pirelli e que há dois meses está no Brasil, no leme da direção de marketing da América Latina.
O desembarque da “etiqueta italiana” está previsto para o primeiro trimestre de 2005, mas a estratégia de sua chegada ainda está sendo alinhavada, segundo Provera. O que está em negociação é o canal de distribuição. Uma das vias é na sofisticada butique Daslu, mas também está em estudo um ponto no Shopping Iguatemi, voltado para público de maior poder aquisitivo.
Essa alternativa, porém, obrigaria o grupo a abrir uma loja própria da Pzero, o que não existe em nenhum lugar do mundo hoje. A Pzero é comercializada em lojas sofisticadas que vendem multimarcas. “Não é impossível que o grupo decida abrir loja própria”, diz Provera, um italiano que fala português perfeitamente. As peças, hoje confeccionadas exclusivamente na Itália, poderão ser feitas no Brasil, segundo Provera.
Uma prévia do lançamento da grife no Brasil acontecerá dia 18 de novembro, quando a Pirelli fará no país, pela primeira vez, o lançamento do seu famoso calendário Pirelli – aquele em “que aparece o bumbum das modelos, mas com um tom artístico”, nas palavras de Giorgio Della Seta, presidente da Pirelli no Brasil.
O evento será um jantar no Forte de Copacabana, no Rio, para 500 convidados. Um pouco menos da metade dos convidados virão de outros países apenas para prestigiar o lançamento. “É um evento de marketing, para valorizar a marca”, diz Provera.
Eles não revelam os gastos no evento e na produção do calendário. O calendário tem 40 anos e edição limitada de 30 mil exemplares por ano. Della Seta diz que não sai mais de R$ 10 milhões, nem menos de R$ 3 milhões ou R$ 4 milhões. No calendário, modelos usam peças da grife Pzero.
Valor Online
5/11/2004