PIB do Brasil fica abaixo de México e Chile; veja outros países
31/08/2012
Com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,4% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre, a economia brasileira registrou desempenho inferior a de países como o México (0,9%) e o Chile (1,6%). Potências como a China e os Estados Unidos, tiveram expansões de 7,6% e 1,7%, respectivamente.
Outras economias robustas patinam atreladas à estagnação na Europa. A Alemanha cresceu 0,3% e a França ficou com taxa zero no mesmo período, enquanto o Reino Unido recuou 0,5%.
A zona do euro busca maneiras de estimular o crescimento econômico em uma região cujas suas principais economias estão estagnadas. Na semana passada, foi divulgado que o PIB da região ficou inalterado no primeiro trimestre do ano na comparação trimestral e contraiu 0,2% no segundo.
Países importantes para a economia mundial registraram recua na atividade, o que leva à expectativa de que o mundo demore ainda a se recuperar da crise mundial. No segundo trimestre, o PIB da Espanha registrou recuo de 0,4%, resultado melhor do que Itália (-0,7%) e Portugal (-1,2%).
Evidências de uma forte desaceleração da economia afetam ainda o emprego na região, cujo índice de desocupação que atingiu nova máxima, de 11,3%, em julho.
A recessão europeia, refletida na queda da demanda da região que é o maior mercado de exportação da China, colocou a economia chinesa sob pressão, com os problemas agora sendo sentidos pelo leste asiático.
Por outro lado, a China vive uma desaceleração e para combatê-la o governo chinês vem tentando estimular a economia por meio de várias medidas, entre elas, dois cortes na taxa básica de juros e aumento dos gastos.
Apesar das medidas, os números da economia chinesa voltaram a decepcionar em julho, principalmente a produção industrial e a balança comercial. A meta oficial de avanço do PIB para este ano é de ao menos 7,5%. No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 7,6%, o pior resultado em três anos.
Mas a China se mostra relutante em apresentar um pacote de estímulo massivo como fez em 2008. Em vez disso, optou por abrir mais setores ao capital privado para ajudar a financiar novos projetos de investimento.
Os Estados Unidos já conseguem vislumbrar uma melhora econômica, mas ainda dependente de medidas de estímulos, como a injeção de dinheiro na economia. Por outro lado, a economia já conseguiu sair do pior da crise e diminuir taxas de desemprego.
Embora a composição da atividade econômica seja favorável, o crescimento continua bem abaixo da taxa de 2% a 2,5% exigida em todo trimestre para deixar a taxa de desemprego estável.
Fonte:
Folha de S.Paulo