PIB brasileiro fecha 2008 com alta de 5,1%

10/03/2009

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 5,1% em 2008, em linha com as previsões de analistas de mercado. No quarto trimestre do ano passado, no entanto, houve queda de 3,6% em relação ao terceiro, maior recuo desde 1996.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pesquisa com 20 economistas realizada pela agência de informações Reuters apontava que as projeções variavam entre 3,5% e 5,6%; a mediana das previsões ficou em 5,2%. Para o quarto trimestre, a estimativa era de queda de 2,3%.

A alta anual foi sustentada pelo bom desempenho verificado nos três primeiros trimestre do ano: alta de 1,7%, 1,6% e 1,8%, sempre na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A última edição do Boletim Focus (pesquisa em que o Banco Central consulta as projeções de cerca de cem instituições financeiras) que tratou do PIB de 2008, divulgada em dezembro do ano passado, apontava que analistas previam alta de 5,6%.

Ano forte, trimestre fraco
Os números mostram até que ponto o país vem sendo afetado pela crise financeira internacional. Os resultados do último trimestre, em sua maioria negativa, frearam o movimentou expansionista verificado de janeiro a setembro, mas não foram suficientes para tornar negativas as taxas anuais.

A indústria encolheu 7,4% no quarto trimestre, ante o trimestre imediatamente anterior, mas, devido ao bom desempenho nos nove primeiros meses de 2008, acumulou um crescimento de 4,3% no ano inteiro.

A chamada formação bruta de capital fixo (indicador dos investimentos na produção), recuou 9,8% no último trimestre do ano passado em relação ao período de julho a setembro. Ainda assim, saltou 13,8% no ano fechado.

A proporção dos investimentos em relação ao total do PIB ficou em 19% em 2008, melhor resultado desde o início da série de dados.

A atividade agropecuária diminuiu 0,5% no último trimestre, enquanto os serviços caíram 0,4%. No ano todo, esses dois setores subiram 5,8% e 4,8%.

Fonte:
Uol Economia
(Com informações da Reuters)