Petrobras é excluída do Índice Dow Jones de sustentabilidade

18/03/2015

A Petrobras informou que será excluída do Índice Dow Jones de Sustentabilidade a partir do dia 23 devido às denúncias de corrupção que estão sendo investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A estatal, que fazia parte do índice desde 2006, foi avisada sobre sua saída ontem pelo Comitê do Índice Dow Jones.

O comitê informou que irá monitorar a evolução das investigações e o posicionamento da Petrobras ao longo deste ano, podendo reconsiderar a participação da petrolífera a partir de 2016.

O índice abrange as 2.500 maiores empresas por valor de mercado, sendo que de cada setor são classificadas apenas as 10% melhores. Segundo a Dow Jones, essas empresas são avaliadas anualmente com base em itens relativos a desempenho econômico, social e ambiental.

“Em relação à Operação Lava Jato, a Petrobras reitera que vem colaborando com os trabalhos das autoridades públicas, assim como atendendo a demandas de seus públicos de interesse, incluindo o Comitê do Índice Dow Jones de Sustentabilidade”, afirmou a estatal em comunicado.

Lava Jato: MPF denuncia tesoureiro do PT e outras 26 pessoas

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu hoje uma nova denúncia contra 27 pessoas no contexto da Operação Lava Jato, pelos crimes de corrupção lavagem de dinheiro e quadrilha. Entre os denunciados estão o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Além de Duque, quatro dos denunciados foram presos a pedido do MPF nesta manhã: o empresário Adir Assad, Sonia Mariza Branco, Dario Teixeira Alves Júnior e Lucélio Góes.

Esta é a primeira denúncia que envolve a Diretoria de Serviços da Petrobras. Em nota, o MPF afirma que os recursos públicos da Petrobras eram desviados a partir das obras da Replan, Repar, Gasoduto Pilar/Ipojuca e Gasoduto Urucu Coari, de responsabilidade das empresas OAS, Mendes Junior e Setal.

Segundo o Ministério Público, foram feitas 24 doações ao PT a pedido de Renato Duque, entre outubro de 2008 e abril de 2010, totalizando R$ 4,26 milhões. O então tesoureiro do partido, João Vaccari, participava de reuniões com Duque, o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, e empresários para tratar de propina e indicava as contas dos diretórios onde deveriam ser feitos os depósitos.

Em nota, o advogado do tesoureiro do PT, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirma que Vaccari Neto repudia as referências feitas por delatores a seu respeito, “pois as mesmas não correspondem à verdade”.

“Embora ainda não se tenha ciência dos termos da denúncia, torna-se importante reiterar que o Sr. Vaccari não participou de nenhum esquema para recebimento de propina ou de recursos de origem ilegal destinados ao PT. Ressaltamos que causa estranheza o fato de que o sr. Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores, durante entrevista no dia de hoje, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010”, diz a nota.

D'Urso ainda afirma que Vaccari Neto não recebeu ou solicitou qualquer contribuição de origem ilícita destinada ao partido, uma vez que as doações solicitadas foram realizadas por meio de depósitos bancários, “com toda a transparência e com a devida prestação de contas às autoridades competentes”.

Com informações da Agência CMA

 

Fonte:
Correio do Estado