Petrobras aplicará mais de US$ 2 bilhões em plataformas

09/01/2009

Nos próximos cinco anos, por meio de licitações, a Petrobras investirá de US$ 2,4 bilhões a US$ 2,8 bilhões na construção de quatro novas plataformas para a produção de óleo e gás em águas profundas. Cada unidade terá um custo entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões, com capacidade para produzir 180 mil barris diários.

Segundo afirmou o diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, todas as licitações definirão claramente em seus editais o conteúdo nacional mínimo exigido em cada projeto, calculando-se que deverá girar em torno de 60% a 70%, o que deixa uma boa margem para a participação do investimento estrangeiro. Em 2003, as encomendas da empresa brasileira de petróleo à indústria nacional representaram 87% do total das compras, ante 79% em 2002.

Esses números se referem somente à contratação de materiais (utilizados em manutenção, reparos e obras) e não incluem projetos mais complexos, como os de plataformas (classificadas como aquisição de serviços). Só em materiais a estatal gastou US$ 1,7 bilhão em 2003.

Competitividade é o diferencial

Em relação à contratação de serviços, o percentual de encomendas a fornecedores brasileiros ou estrangeiros irá variar de acordo com as especificações de cada plataforma e a capacidade das empresas de atenderem os pedidos de modo competitivo. Duque resumiu assim a nova política de compras da estatal: “Se uma empresa nacional se mostrar competitiva, ela será a escolhida”.

Dos projetos de construção de novas plataformas, apenas uma licitação está em curso: a da P-53, que vai operar no campo de Marlim Leste, na bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. As propostas já foram apresentadas, mas a direção da Patrobras ainda não escolheu a vencedora. As demais concorrências (P-54, P-55 e P-56) não têm data marcada.

A P-54 irá operar em Roncador, também na bacia de Campos, desenvolvendo a segunda fase do campo. As outras duas ainda estão na fase de projeto básico, sem detalhamento.

Investe Brasil (Folha de S.Paulo/IB – 15.6.2004)