Parlamento Europeu aprova pedido de extradição de Battisti
21/01/2011
A decisão do Parlamento Europeu será comunicada oficialmente à presidenta Dilma Rousseff e aos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), assim como ao presidente da Comissão Parlamentar do Mercosul, senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).
O governo da Itália enumerou oito razões para a extradição de Battisti. Condenado na Itália à prisão perpétua, o ex-ativista é apontado pelos italianos como envolvido em assassinatos e grupo armado. Os italianos defendem que Battisti é um criminoso comum.
No último dia 31, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Battisti no Brasil com base nas argumentações da Advocacia-Geral da União. A iniciativa gerou polêmicas na Itália com protestos de manifestantes nas ruas e também de integrantes do governo italiano.
Desde 2007, Battisti é mantido preso preventivamente no Brasil na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele fugiu da Itália rumo à França e, em 2004, chegou ao Rio de Janeiro. Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), ele nega todos os crimes que lhe são atribuídos.
Na proposta enviada ao Parlamento Europeu, o governo italiano ressaltou as relações positivas que a União Europeia mantém com o Brasil. “[Considerando] as relações comerciais, econômicas e políticas entre o Brasil e a União Europeia são excelentes e sustentadas em princípios comuns, tais como o respeito pelos direitos humanos e o Estado de Direito”.
No pedido, os italianos se dizem decepcionados com a decisão das autoridades brasileiras em não extraditar Battisti. Por esta razão o governo da Itália solicita a “reavaliação da decisão sobre a extradição”. Também há menção ao sofrimento das famílias das vítimas dos crimes atribuídos a Battisti. Os italianos ressaltaram ainda a segurança que há no sistema Judiciário do país.
Fonte:
DCI