Parceria deverá ampliar intercâmbio comercial entre Brasil e Itália
09/01/2009
Fomentar joint-ventures entre pequenas e médias empresas é o objetivo do acordo firmado entre a Câmara Ítalo-Brasileira e o Ciesp. Em almoço oferecido a empresários, o ministro Furlan abordou outras medidas para impulsionar novos investimentos.
Um acordo firmado na segunda-feira (03/10), entre a Câmara Ítalo-Brasileira e o Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp) deverá ampliar as relações comerciais e investimentos entre o país europeu e o Brasil.
Durante almoço que reuniu cerca de 80 empresários italianos e brasileiros, além do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Luiz Fernando Furlan, na sede do Ciesp, o presidente da Câmara, Edoardo Pollastri, afirmou que a parceria visa a inserção de pequenas e médias empresas brasileiras na Itália.
“Juntamente com o Ciesp, vamos levar empresários do Brasil para conhecer os Arranjos Produtivos italianos de sucesso”, declarou Pollastri. Segundo ele, a intenção é fomentar joint-ventures em setores como de cerâmica, calçados e mármores.
Por outro lado, o acordo também prevê a entrada de investimentos italianos em nosso país. De acordo com o presidente da entidade, os setores beneficiados seriam os de cosméticos, design, móveis, entre outros. “A Itália pode, por exemplo, exportar o design de produtos que serão vendidos pelo Brasil”, explicou.
Em seu discurso, o ministro Furlan revelou que, apesar de crescentes, as exportações brasileiras com destino à Itália ainda são insignificantes na balança comercial daquele país, representando apenas 0,8% do total importado.
Furlan ressaltou que, na próxima visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Itália, que acontecerá dentro de duas semanas, o Governo Federal pretende firmar a criação de um fundo de fomento para parcerias entre pequenas e médias empresas italianas e brasileiras. “Esse fundo binacional irá financiar a formação de joint-ventures”, observou.
Câmbio – O ministro do Desenvolvimento abordou ainda os prejuízos que a valorização do real frente ao dólar causa às vendas externas do Brasil. Segundo ele, para compensar a perda de competitividade dos produtos brasileiros no exterior, os empresários devem lutar pela desoneração de impostos, redução de burocracia e melhorias em infra-estrutura logística. “Tudo isso pode compensar, parcialmente, os prejuízos causados às empresas exportadoras”, comentou.
Números – Dados da Secretaria de Comércio Exterior indicam que, em 2004, o Brasil importou da Itália US$ 2.048.229.308 milhões e exportou US$ 2.904.430.782 milhões. Edoardo Pollastri salientou que, apesar de modesto, o superávit comercial entre os dois países deverá ultrapassar US$ 5 bilhões em 2005. Para o próximo ano, as expectativas são ainda maiores. “Com essas iniciativas e parcerias, esperamos um acréscimo de 20% em cima dos resultados desse ano”, concluiu.
Fonte:
Netmarinha
4/10/2005
Por Maria Carolina Gonçalves