País pode crescer até 6%, diz Mantega

09/01/2009

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nessa quinta-feira (27/04), em São Paulo, que o crescimento do PIB para 2006 será de 4,5%, ante 2,3% em 2005, devido os ajustes fiscais e esforços realizados na política Monetária. “O País encontra-se em um ambiente propício para o desenvolvimento”, afirmou, mostrando-se otimista em relação a um crescimento de até 6%.

De acordo com ele, a inflação de 4% ao ano está abaixo do centro da meta de fechamento, de 4,5%, o que possibilita uma queda expressiva dos juros. “Entendo que os empresários e a população estão ansiosos por um crescimento mais rápido. No entanto, há mais de 30 anos o Brasil não apresenta números tão expressivos como os de hoje”, argumentou.

O tema foi discutido na Fiesp, durante reunião com o Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDES) da Região Sudeste, criado pela Secretaria de Relações Institucionais do Governo Federal, com objetivo de fomentar o diálogo entre governo e sociedade.

Mantega comentou a ata do Copom, divulgada nessa quinta-feira, que utilizou o termo “a flexibilização adicional da política monetária seja conduzida com maior parcimônia”, que aponta para uma desaceleração dos juros com mais cautela. “É apenas uma questão de interpretação. Claro que há uma posição de cautela, mas com as metas sendo alcançadas haverá uma redução da taxa e o aumento de crédito”.

O presidente Fiesp, Paulo Skaf, observou que há uma “grande contradição” entre as declarações do ministro e a ata do Copom que, segundo ele, tem um tom mais “pessimista” do que o adotado por Mantega. No enatanto, Skaf ainda defende que seja criada, “com urgência”, uma agenda econômica para as micros e pequenas empresas. “Existe o paraíso, quando vemos o macro da economia, e o inferno, quando olhamos para o micro”.

Fonte:
Fábio Rocha
Agência Indusnet Fiesp