OCDE convida Brasil a reforçar vínculos com a organização

09/01/2009

PARIS, 16 mai (AFP) – A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) convidou o Brasil e outros quatro países – África do Sul, China, Índia e Indonésia – a fortalecer os vínculos com o fórum, mas sem chegar a uma adesão, anunciou o presidente da reunião anual da OCDE, o ministro da Economia espanhol Pedro Solbes.

“Os países da OCDE concordaram em convidar Chile, Estônia, Israel, Rússia e Eslovênia a iniciar discussões para que sejam membros da organização e ofereceu um compromisso reforçado, com vistas a uma possível adesão, a Brasil, China, Índia, Indonésia e África do Sul”, afirmou Solbes em um comunicado.

O Brasil está presente em vários comitês da OCDE desde os anos 90 e tem uma cooperação com a organização até mais intensa que o Chile, mas nunca pediu sua entrada formal no fórum.

“O Brasil não está buscando o selo de qualidade (da OCDE), porque já o tem”, disse na terça-feira à noite o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Brasília nunca pediu a entrada formal na OCDE, nem parece estar interessada em fazer a solicitação, com o objetivo de privilegiar sua posição como líder dos países menos favorecidos, sobretudo nas negociações comerciais.

Para os analistas, o Brasil prefere manter a posição de líder dos países pobres do que estar na retaguarda do “clube dos ricos”, como a organização também é chamada.

A OCDE convidou cinco países – Chile, Eslovênia, Estônia, Israel e Rússia – a iniciar o processo de adesão à organização.

A OCDE tem 30 membros, incluindo o México, seu único integrante latino-americano.

Os demais membros são Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Holanda, Polônia, Portugal, República Tcheca, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.

O chanceler brasileiro participará na quinta-feira e sexta-feira com os colegas do G4 (Brasil, Índia, Estados Unidos, União Européia) de uma reunião para tentar fazer avançar a rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Fonte:
AFP