Obama sugere demissão de executivos de montadoras
07/12/2008
Para o presidente eleito, o colapso do setor é inaceitável, particularmente em um momento de tumulto econômico e cortes de empregos em todo o país. Mas acrescentou que não faz sentido "jogar mais dinheiro no problema" sem qualquer evidência de que a indústria está comprometida com a reestruturação. Obama, que assume a presidência em 20 de janeiro, tem sido criticado pelos democratas que pedem que ele se envolva mais nos esforços para salvar a indústria. O presidente eleito disse que seus assistentes estão monitorando a situação e consideram planos de prazo mais longo.
Ele também disse não ser a favor dos apelos para que permita que as grandes montadoras declarem falência. Ao invés disso, disse, "se o dinheiro do contribuinte está em perigo – o que parece talvez ser o caso – queremos ter certeza de que essa ajuda estará condicionada a uma recuperação da indústria automotiva no final do processo".
"Os contribuintes, eu acho que estão cheios. Eles estão passando por momentos extraordinariamente difíceis agora". Obama não destacou nenhum executivo individualmente em suas críticas e observou que houve um progresso no setor nos últimos 15 anos na direção de uma linha de produtos mais competitiva. "O que não temos visto é essa sensação de urgência e a disposição para tomar decisões difíceis. O que ainda vemos são pacotes de compensações para executivos do setor automotivo que estão fora de padrão se comparados com seus concorrentes, os japoneses, que estão fazendo muito melhor", disse Obama durante entrevista gravada no sábado, em Chicago.
Perguntado se os grandes executivos deveriam manter seus empregos, Obama afirmou, "O que digo pode não valer para todas as companhias. Mas acho que temos de colocar um fim a essa tática de esconder a cabeça na areia, que tem prevalecido nas últimas décadas na indústria automotiva".