Número de ricos na América Latina aumentou 9,7% em 2005
09/01/2009
Redação Central, 20 jun (EFE).- O número de ricos na América Latina aumentou 9,7% em 2005, a terceira maior taxa de crescimento regional, atrás apenas das registradas por África e Oriente Médio, segundo o Relatório sobre a Riqueza no Mundo publicado hoje pelas empresas Merrill Lynch e Capgemini.
O relatório, em sua décima edição, afirma que a escalada do preço do petróleo foi um dos fatores que contribuíram para a acumulação de riqueza na área, onde o número de pessoas físicas com um patrimônio superior a um milhão de dólares – excluindo a primeira moradia e os investimentos tangíveis – aumentou a um ritmo muito superior à média mundial, de 6,5%.
Os multimilionários latino-americanos, cerca de 350 mil, controlavam no fim do ano passado uma riqueza de US$ 4,2 trilhões, 11,8% a mais que em 2004.
O Brasil foi o país da América Latina onde o número de multimilionários registrou o maior aumento, de 11,3%, embora a valorização do petróleo tenha beneficiado também o México e a Venezuela. A alta no Brasil foi a décima maior do mundo. No total, no fim de 2005 havia 8,7 milhões de ricos no mundo, um número que aumentou 6,5% em relação a 2004 e que praticamente dobrou em dez anos, já que em 1996 havia 4,5 milhões de multimilionários.
O volume de riqueza nas mãos dos ricos cresceu no ano passado a um ritmo maior que o número de pessoas que se incorporaram a esse seleto clube.
Assim, as pessoas com patrimônios elevados controlavam no fim de 2005 ativos financeiros líquidos no valor de US$ 33,3 trilhões, 8,5% a mais que em 2004.
O número de “ultramilionários”, ou seja, pessoas com mais de US$ 30 milhões de patrimônio, chegou a 85.400 no mundo todo, 10,2% a mais que em 2004.
Segundo o Relatório sobre a Riqueza no Mundo, os fatores que alimentaram a geração de riqueza foram os fortes lucros registrados nas bolsas de valores pelo terceiro ano consecutivo e o crescimento do PIB mundial, onde um dos setores mais dinâmicos foi o imobiliário.
O relatório prevê que a riqueza financeira controlada pelos ricos chegará a US$ 44,6 trilhões em 2010, com uma taxa anual de crescimento de 6%.
A maior parte (US$ 14,5 trilhões) estará nas mãos de multimilionários da América do Norte, enquanto os europeus controlarão US$ 11,2 trilhões, seguidos pelos asiáticos, com US$ 10,6 trilhões, e pelos latino-americanos, com US$ 5,5 trilhões.
No caso da América Latina, o número de ricos aumentará a um ritmo anual de 5,9% até 2010, próximo à média mundial.
Fonte:
Uol Economia
Agencia EFE