Número de controladores de vôo em 2007 não supre necessidades

09/01/2009

Os novos controladores de vôos que, segundo o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, estarão aptos a atuar no tráfego aéreo brasileiro ainda este ano, já vêm freqüentando os cursos de formação oferecidos pela Aeronáutica.

Apesar do número de profissionais ter crescido substancialmente em comparação aos anos anteriores, a assessoria da Aeronáutica informa que o número não corresponde às reais necessidades do setor aeroviário, já que nos últimos anos a movimentação nos aeroportos superou as expectativas dos órgãos responsáveis.

De acordo com a assessoria da Aeronáutica, entre 1999 e 2001, 95 controladores se formavam anualmente. A partir daí e até 2006, a média subiu para 120.

Em 2007, 374 novos profissionais devem se formar até o final do ano. Somados às 160 contratações autorizadas por meio de medidas provisórias (MP), os aeroportos brasileiros ganharão o reforço de 534 novos controladores civis e militares.

Em São José dos Campos (SP), onde funciona o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (Icea), órgão subordinado ao Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial, 64 alunos começaram esta semana um curso de formação de controladores civis de oito meses de duração.

Já na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), acontecem outros dois cursos para a formação de sargentos. Juntos, eles vão formar, até dezembro, 310 novos profissionais.

O primeiro deles dura dois anos e, entre mais de 20 especialidades, oferece uma opção para quem quer seguir a carreira de controlador militar. Para este ano, a previsão é de que 70 alunos se formem em julho e outros 80 em dezembro. O segundo curso, de caráter especial, dura apenas um ano e deve formar 160 controladores até o final de 2007.

Após concluírem o curso, os novos controladores ainda terão de passar por um estágio de adaptação aos locais para onde forem designados.

Além da contratação de novos profissionais, a Aeronáutica também estuda a possibilidade de uma extensão na carreira, de forma que os controladores militares possam progredir até o cargo de coronel. Atualmente, segundo o brigadeiro Saito, os controladores militares sem nível superior podem chegar a capitão. Já os que possuem nível superior alcançam, no máximo, o posto de tenente-coronel.

Ao participar de audiência pública realizada pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (11), o brigadeiro defendeu que mais que apenas proporcionar um aumento dos ganhos dos controladores, a mudança vai garantir o devido reconhecimento aos profissionais. Hoje, segundo a Infraero, um controlador em início de carreira (3º sargento) ganha menos que um controlador civil, o que tem motivado as queixas dos profissionais militares.

Fonte:
Agência Brasil