Novo fundo apoiará empresas que criem tecnologias de uso comercial
09/01/2009
Funtec tem orçamento de R$ 180 milhões e financiará inovações que tornem os produtos das empresas brasileiras mais competitivos
Rio de Janeiro – Começa a funcionar neste mês de maio uma linha de financiamento para que empresas brasileiras desenvolvam inovações tecnológicas. A linha conta com recursos do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico (Funtec), que terá orçamento inicial de R$ 180 milhões.
O Funtec foi criado em parceria entre a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O objetivo do fundo é apoiar a criação de novas tecnologias que tenham emprego comercial. Trata-se de uma estratégia para tornar o produto nacional mais eficiente e competitivo.
Os projetos poderão ser desenvolvidos por empresas ou conjunto de empresas que atuem num mesmo arranjo produtivo. Também serão financiadas instituições tecnológicas, públicas ou privadas, que estejam associadas a um projeto comercial.
Os candidatos ao financiamento devem encaminhar suas propostas ao Departamento de Prioridades da Área de Planejamento do BNDES. Os recursos serão concedidos pelo banco sob a forma de apoio não reembolsável ou reembolsável, dependendo da análise de cada projeto.
O orçamento do Funtec é constituído por parte do lucro do BNDES, que estabeleceu uma garantia de participação financeira nos projetos que o fundo venha a apoiar. Assim, o banco poderá ter direito aos royalties obtidos pela inovação tecnológica ou até mesmo participação acionária na empresa que vier a comercializar a nova tecnologia.
Segundo diagnóstico do Ministério de Ciência e Tecnologia, o Brasil já tem diversos investimentos em pesquisas científicas e tecnológicas. Porém ainda existem dificuldades para que o conhecimento gerado nas instituições de pesquisa tenha emprego comercial nas empresas do País.
Segundo Maria Beatriz Amorim, chefe do departamento de Coordenação Institucional da Finep, é interessante analisar o desempenho do Brasil diante da Coréia do Sul. Os dois países têm respectivamente a décima segunda e a nona posição no ranking mundial de formação de mestres e doutores.
“São nações com volume similar de produção acadêmica. Porém, no ano 2000 o Brasil registrou cerca de cem patentes internacionais, enquanto a Coréia do Sul realizou 3.500”, afirma Maria Beatriz.
ASN – Agência Sebrae de Notícias