MS vê possibilidade de atrair indústria italiana do couro

24/11/2008

O governo já articula com empresários italianos a possibilidade de atrair indústrias para beneficiar o couro em Mato Grosso do Sul. Só esse ano o Estado exportou para aquele país 3,8 milhões de unidades do produto in natura até o mês de outubro. “Exportar com valor agregado significa mais emprego e melhor remuneração ao longo da cadeia”, afirma a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Seprotur) destacando que o couro é hoje o principal produto da balança comercial estadual com a Itália.

A possibilidade de fomentar este segmento, e inclusive de atrair investimentos que tenham como matéria prima o couro acabado ou ainda que utilize seus subprodutos, é uma das certezas que o Estado tem após passar 10 dias em missão por diversas regiões da Itália, inclusive visitando indústrias do setor.

O próprio governador André Puccinelli sinalizou durante coletiva na quarta-feira (19), na Capital, que os grupos Mastrotto (indústria de beneficiamento) e Sicit (indústria química de aproveitamento de derivados do processo de transformação do couro) demonstraram interesse em investir no Estado.

Para o Superintendente de Indústria e Comércio da Seprotur, Jonathas Camargo, que também acompanhou a missão à Itália, o Estado possui todas as condições de sediar tais empreendimentos, principalmente por ser um grande fornecedor do produto. “Temos o maior rebanho comercial do país e também o mais moderno e um dos maiores parques industriais para abate de bovinos. A capacidade instalada de abate/dia é de 16 mil animais, ou seja, nossa média mensal de oferta do produto para beneficiamento é um grande diferencial além de outros atrativos que o Estado dispõe”, relata Camargo.

No fechamento da balança comercial de outubro passado o produto “couros e peles” ocupou 5% do total das exportações estaduais ficando em sétimo lugar no ranking dos principais produtos. Conforme relatório da Coordenadoria de Comércio Exterior da Seprotur, de janeiro a outubro desse ano o volume do produto enviado ao mercado externo somou 38,2 mil toneladas gerando US$ 93,2 milhões em negócios. Desse total foram exportados para Itália 11,9 mil toneladas, volume que gerou divisas de US$ 47,7 milhões ao Estado.

Fonte:
Pantanal News