Mortalidade de micro e pequenas empresas em SP cai a 56%
09/01/2009
A taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas paulistas com até 5 anos de atividade está caindo, como mostra uma pesquisa realizada pelo Sebrae-SP. De acordo com o estudo, 56% das empresas não passaram do quinto ano de vida em 2004, enquanto em 2000 o mesmo número atingiu 71%.
Em números absolutos, 2004 registrou o fechamento de 72 mil empresas, frente a 91 mil encerradas em 2000.
O estudo revela ainda que os quarto e quinto ano de vida têm o mais alto índice de encerramento, 56%.
No primeiro ano, 29% das empresas fecham as portas, porcentagem que cresce a 42% no segundo e a 52% no terceiro.
Todos os resultados mostram melhoras diante dos índices de 2000, quando 32% das empresas fechavam em seu primeiro ano, 44% no segundo, 56% no terceiro, 63% no quarto e 71% no quinto.
A pesquisa foi realizada com micro e pequenos negócios de 1 a 5 anos e permitirá ao Sebrae descobrir os principais motivos que impedem o progresso das empresas. Foram ouvidos 3,4 mil proprietários e ex-proprietários de empresas de São Paulo.
De acordo com dados da Junta Comercial de São Paul (Jucesp), usados na elaboração do estudo, o estado de São Paulo viu o nascimento de mais de 2 milhões de empresas entre os anos de 1990 e 2004 – 1,3 milhões delas fecharam.
Calcula-se que 133 mil empresas tenham sido abertas e 91 mil fechadas anualmente desde 1990.
O estudo revela ainda que os negócios de pequeno porte representam 99% das empresas formais, empregam 67% das pessoas ocupadas e geram 28% da receita bruta anual do setor privado.
Com os fechamentos de micro e pequenas empresas em 2004, São Paulo perdeu 281 mil postos de trabalho e R$ 14,8 bilhões, segundo o Sebrae.
Motivos
De acordo com o Sebrae-SP, as principais razões que levam ao encerramento de micro e pequenas empresas recém-abertas são comportamento empreendedor pouco desenvolvido, deficiências no planejamento antes da abertura do negócio, deficiências na gestão empresarial após a abertura do negócio, políticas insuficientes de apoio às empresas, conjuntura econômica deprimida e problemas pessoais dos sócios-proprietário.
Fonte:
Invertia
21/10/2005