Montadoras chinesas querem aumentar trocas com Brasil
09/01/2009
Macau, China, 12 Mai (Lusa) – A China quer ampliar o intercâmbio com a indústria automobilística brasileira, afirmou o diretor do Ministério de Comércio chinês, Zhang Ji, citado pela agência de notícias Macauhub. Zhang chefia uma missão de mais de cem empresas chinesas do setor que está em São Paulo para analisar oportunidades de negócios.
Zhang defendeu que as indústrias dos dois países são “complementares”. “Intensificar as relações é uma boa saída, mesmo em um mercado extremamente competitivo como o da produção e da comercialização de automóveis e de autopeças”, afirmou.
No ano passado, a China produziu 5,708 milhões de automóveis, um aumento de 12,6% em relação a 2004. Atualmente, a frota total chinesa é de 30 milhões de automóveis, resultado da produção de 145 montadoras instaladas no país, sendo 55 delas de ônibus.
A indústria brasileira tem aumentado a importação de peças da China, graças à valorização do real. No ano passado, as importações brasileiras da China no setor cresceram 56%, para US$ 2,76 bilhões (R$ 7,4 bilhões). Já as exportações para o país asiático tiveram aumento de 30%, para US$ 362 milhões (R$ 970,57 milhões).
“As maiores montadoras mundiais estão na China, através de joint ventures, e registram lucros expressivos, muito além do esperado”, afirmou Zhang, destacando que o país é o quarto maior fabricante mundial de automóveis. Ele lembrou que, desde janeiro de 2005, não existem limitações para a importação de automóveis e autopeças na China.
Negócios
A missão empresarial chinesa esteve em uma rodada de negócios com empresários brasileiros, promovida pela CBCDE (Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico), criada em junho de 2001. Além disso, participa da AutoSports, uma das principais feiras internacionais de autopeças, que acontece até amanhã em São Paulo.
Segundo o representante da Hubei Tri-Ring Motor Streering, Lei Senlin, o Brasil, atualmente o 11º maior fabricante mundial de automóveis, atrai a atenção dos chineses por sua dimensão. Criada há 30 anos, a empresa de autopeças planeja intensificar a relação com fabricantes brasileiros.
“Esperamos que mais empresas chinesas do setor aumentem as exportações para o Brasil e também estudem a possibilidade de investir no país para ajudar a resolver o problema do desemprego”, disse a cônsul geral da China em São Paulo, Lia Jiao Yun. Ela acredita que, no futuro, haverá mais produtos brasileiros de “alto valor agregado” no mercado chinês, como forma de equilibrar a balança comercial entre os dois países.
Fonte:
Agencia Lusa