Ministro quer firmar acordo de investimentos com o Brasil
09/11/2009
SÃO PAULO, 9 NOV (ANSA) – O ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Claudio Scajola, que está em São Paulo, afirmou que pretende estabelecer um "acordo entre Estados" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para investir em infraestrutura.
A Itália pretende assim participar de projetos sociais do governo, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Scajola, que lidera uma delegação de 360 empresários, chegou hoje a São Paulo para buscar parcerias com o Brasil.
O ministro explica que a Itália quer "recorrer a mercados que crescem, e o Brasil se tornou uma potência econômica que cresce de maneira significativa e de modo virtuoso, diminuindo a dívida pública e investindo bilhões e bilhões ao mesmo tempo".
Para Scajola, a Itália deve participar do crescimento econômico brasileiro não só "através do seu comércio mas também com investimentos industriais em setores significativos".
O ministro citou o exemplo da empresa italiana Fincantieri, que constrói grandes embarcações e que tem presença ativa nas obras de duplicação do Canal do Panamá. Para Scajola, outras empresas italianas podem seguir esse exemplo, investindo no Brasil.
"O Brasil está investindo recursos consideráveis em plataformas que precisam de navios. Portanto, há grandes empresas que podem participar, como a Fincantieri", ressaltou o ministro.
"Amanhã encontrarei o presidente Lula. O objetivo é fechar um acordo entre o premier italiano, Silvio Berlusconi, e Lula com base em um entendimento entre Estados, no plano de investimentos do Brasil", esclareceu.
Nessa perspectiva, o vice-ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Adolfo Urso, enfatizou que seu país olha "com extremo interesse" para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula.
Segundo Urso, a Itália poderá participar do programa com "sua experiência" no setor de obras ferroviárias. Scajola e Lula devem se encontrar amanhã, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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(ANSA)