Micro e pequenas empresas se unem para enfrentar as grandes
18/07/2012
Para ganhar mercado e se tornarem competitivos diante das grandes empresas, micros e pequenos empresários já perceberam a necessidade de fazer alianças. Atividades complementares e até mesmo concorrentes podem se unir e ganhar forças para dar impulso aos negócios.
Algumas das formas mais comuns de estreitar laços entre empresas são participar de associações, centrais de compras e cooperativas.
Mas também é possível unificar processos em uniões mais complexas, como nas fusões entre duas ou mais empresas, que deixam de existir e formam uma nova marca. É o caso da Fazenda Marinha Atlântico Sul, em Florianópolis (SC), que nasceu da junção de três microempresas.
Associações
Entidades sem fins lucrativos que reúnem empresas de um mesmo setor de atividade. Tem objetivo de dar voz aos empresários diante do poder público e aumentar a visibilidade no mercado. Não podem efetuar compras em nome dela, mas os associados podem formar centrais de compras internamente para conseguir descontos com fornecedores.
Empresários podem se unir sem perder individualidade
A forma mais simples de empresas unirem forças são as centrais de compras, que se trata de um acordo em que elas fazem pedidos unificados aos fornecedores para conseguir descontos em compras por atacado.
Outra opção são as associações, que não possuem fins lucrativos e possibilitam maior visibilidade dos associados no mercado. A Acavitis (Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude) foi criada por dez empresários e vem transformando a região de São Joaquim (SC) em um polo vitivinícola.
Trabalhadores autônomos podem optar pelas cooperativas, normalmente formada por pessoas físicas, sem fins lucrativos. Nesta modalidade, é eleita uma diretoria que passa a intermediar os negócios com clientes e fornecedores para todos os cooperados. Porém, o lucro de cada um varia conforme sua produção.
O consultor do Sebrae-SP Paulo Melchor afirma que em todas as uniões é possível conseguir descontos, competitividade no mercado e melhoria na tomada de decisões, mas é preciso haver comprometimento entre os empresários.
“Trabalhar em grupo é complicado. A relação sofre um desgaste natural e um sócio joga a culpa no outro. É preciso ter consciência de que unidas as empresas têm mais condições de buscar novos mercados e evoluir.”
Fonte:
Uol
Afonso Ferreira