Mercado volta a prever juros menores em 2015, revela pesquisa Focus
15/09/2014
A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, deve encerrar 2014 em 11,00% ao ano, preveem os economistas e investidores do mercado, consultados semanalmente pelo Banco Central. É a 15ª semana seguida em que eles mantêm essa aposta, agora reforçada pelo relatório da última semana, do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
Para 2015, o mercado voltou a reduzir a expectativa dos juros, desta vez de 11,63% para 11,50% ao ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15), por meio do boletim Focus.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 caiu de 0,48% para 0,33%, segundo o boletim Focus. É a 16ª retração consecutiva da projeção. O PIB representa a soma de todos os bens e riquezas produzidos no País.
Inflação
A aposta do mercado para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a taxa oficial do País, ficou estável na semana passada, em relação à anterior, em 6,29% neste ano. Para 2015, outra vez, a previsão permaneceu inalterada, em 6,29%.
A meta central da inflação, tanto para 2014 quanto para 2015m é de 4,5% ao ano, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para baixo ou para cima. Ou seja, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida.
Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os analistas agora apostam em uma mediana de 3,80% para 3,77% em 2014. Há quatro semanas, essa expectativa estava em 3,89%. Para 2015, a previsão permaneceu em 5,52% de uma semana para outra. Há um mês, estava em 5,50%.
A mediana para a inflação pelo IGP-M de 2014 caiu de 3,81% para 3,67% de uma semana para outra. Um mês atrás, estava em 3,98%. Para 2015, a mediana também caiu de 5,58% para 5,50%. Quatro semanas atrás estava em 5,59%.
A inflação par ao consumidor de São Paulo em 2014, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), deve ser menor, com queda de 5,50% para 5,49%. Há um mês, a expectativa estava em 5,38%.
Para 2015, a projeção foi mantida em 5,25%, contra expectativa de 4,91% um mês antes. Em relação aos preços administrados, o mercado prevê um aumento de 5,10% neste ano, mesmo patamar da semana anterior, acima dos 5,05% projetados um mês antes. Para 2015, a taxa permaneceu em 7,00% pela quinta semana seguida.
Dólar e indústria
Segundo a pesquisa Focus, a expectativa do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 recuou de R$ 2,33 para R$ 2,30 por dólar. Para 2015, a previsão para a taxa caiu de R$ 2,49 para R$ 2,45 por dólar.
Para a produção industrial, a estimativa é de queda de 1,98%, neste ano, com recuperação em 2015. Para o próximo ano, a projeção de expansão é de1,5%.
Balança comercial e investimento estrangeiro
A projeção para o superávit da balança comercial (saldo entre exportações menos as importações) em 2014 caiu de US$ 2,41 bilhões para US$ 2,40 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial avançou de US$ 8,5 bilhões para US$ 9 bilhões.
A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil permaneceu estável em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa subiu de US$ 56 bilhões para US$ 57,7 bilhões.
Fonte: Portal Brasil com informações do Banco Central