Mercado reduz estimativa de expansão do PIB brasileiro para 2,97% em 2006
09/01/2009
SÃO PAULO (Reuters) – Analistas e economistas do país reduziram suas estimativas para o crescimento econômico do país este ano, depois do declínio mais forte que o esperado da produção industrial no terceiro trimestre.
Levantamento semanal do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, mostra que as apostas do mercado indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer apenas 2,97% este ano, rompendo o piso de 3% com que vinham trabalhando até então.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a produção industrial do país recuou 1,4% em setembro, depois de dois meses de crescimento.
A queda, superior ao estimado, fez com que analistas começassem a refazer suas contas sobre a estimativa de crescimento da economia como um todo.
Para 2007, os analistas consultados pelo BC mantiveram em 3,5% a projeção de crescimento do PIB.
Em termos de inflação, os consultados reduziram mais uma vez suas previsões para o comportamento dos preços em 2007.
De acordo com o levantamento, o mercado acredita que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará 2007 com alta de 4,12%, pouco abaixo da estimativa anterior, de 4,14%.
Para 2006, a estimativa subiu para 3,05%, ante projeção de alta de 3%na pesquisa passada.
Ainda assim, as duas projeções estão abaixo do centro da meta de inflação fixada pelo governo para os dois anos, de 4,5%.
Com relação aos juros, o cenário traçado pelo mercado não sofreu alterações. As apostas indicam uma Selic em dezembro de 13,25%, e de 12% em dezembro de 2007.
Este cenário embute uma projeção de corte de 0,5 ponto percentual na meta da taxa básica de juro na última reunião do Comitê de Política Monetária do BC este ano. O encontro acontece nos próximos dias 28 e 29 de novembro.
Fonte:
Reuters
Renato Andrade