Mercado reduz de novo previsão de crescimento do país no ano
09/01/2009
SÃO PAULO (Reuters) – O mercado reduziu mais uma vez sua projeção para a taxa de crescimento da economia brasileira em 2006, mas cortou as estimativas para a inflação e passou a estimar um corte maior da taxa de juro em outubro, segundo relatório do Banco Central divulgado nesta segunda-feira.
Apesar do governo manter o discurso de que a economia deve deslanchar ao longo do segundo semestre, os analistas consultados pelo Banco Central estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 3,09% em 2006, um pouco abaixo dos 3,11% estimados na semana anterior.
Para 2007, o levantamento do BC mostra que os analistas continuam apostando que a economia do país crescerá 3,5%.
Em relação à inflação, as instituições consultadas reduziram para 3,03% a estimativa para a variação que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve registrar este ano. Essa estimativa está abaixo dos 3,23% estimados no levantamento anterior, e bem inferior ao centro da meta de inflação fixada para o ano pelo governo, de 4,5%.
Para os juros, o mercado passou a apostar num corte de 0,50 ponto percentual da meta da taxa Selic em outubro. Atualmente, o juro básico da economia brasileira está em 14,25%. Até o levantamento anterior, os analistas projetavam um corte de 0,25 ponto percentual. Agora, a pesquisa do BC mostra que os analistas estimam que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá a meta da Selic para 13,75%.
Com isso, a estimativa para o patamar de fechamento do juro ao final do ano também foi alterada. A projeção agora é de que a Selic estará em 13,5% em dezembro, abaixo dos 13,75% estimados anteriormente. Para o fechamento de 2007, a estimativa foi mantida em 12,5% ao final daquele ano.
A próxima reunião do Copom acontece nos dias 17 e 18 de outubro.
Do lado comercial, os analistas continuam estimando um superávit da balança comercial de US$ 43 bilhões em 2006 e de US$ 36 bilhões em 2007.
As transações correntes do país deve fechar o ano com um saldo superavitário de US$ 10 bilhões, o que deve ser reduzido para US$ 5 bilhões em 2007.
Fonte:
Reuters
Renato Andrade