Menos italianos vão as urnas no primeiro dia da eleição
09/01/2009
Dois anos depois de terem eleito um governo, que perdeu a sua exígua maioria no início do ano, os italianos, entre resignados e indignados, voltaram às urnas hoje, no primeiro de dois dias de eleições parlamentares, provinciais e municipais. Até as 22 horas locais, quando terminou o primeiro dia de votação, 63,64% dos 47 milhões de eleitores habilitados a votar para a Câmara dos Deputados tinham comparecido – um pouco menos que o encerramento do primeiro dia em 2006, quando foram 67,61%.
Berlusconi, que votou em Milão, prometeu retomar programas, se for eleito. As últimas pesquisas, divulgadas há duas semanas, quando se encerrou o seu prazo legal, colocam o magnata da mídia, de 71 anos, entre 5 e 9 pontos porcentuais à frente de seu principal adversário, o ex-prefeito de Roma Walter Veltroni, de 52 anos, líder do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda. Veltroni votou em Roma, acompanhado de sua mulher, Flavia, e das filhas Martina e Vittoria.
Muitos italianos se sentem desiludidos pela crônica estagnação econômica (o país é o que menos cresce na Europa, registrando 1,5% no ano passado) e com o sistema político, pelo qual se vota em listas partidárias, com um esquema de prêmio para garantir a maioria na Câmara e base de cálculo regional para o Senado, o que termina distorcendo os resultados. Apesar dessa desilusão, Renato Mannheimer, diretor do Instituto de Estudos da Opinião Pública, prevê que a maioria dos eleitores continue votando como sempre: “O voto na Itália é pouco móvel.”
Fonte:
A Tarde Online