Medicamentos estão 5,5% mais caros
09/01/2009
Vanessa Fajardo
Os medicamentos estão sujeitos a um reajuste de até 5,51% desde sexta-feira. A medida foi repassada aos fabricantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dois dos itens que tiveram alterações foram os antiinflamatórios Cataflam, que subiu de R$ 17,75 para R$ 18,57; e o Tandrilax que custava R$ 29,67 e passou a ser comercalizado por R$ 30,75.
Para a educadora Clayde Regina de Oliveira, 36 anos, o aumento deve pesar no bolso. “Gasto mais de R$ 200 por mês com fórmula manipulada e remédios para pressão alta, antidepressivo e sonífero. Este aumento fará diferença no meu orçamento.”
O gerente de uma farmácia na Vila Arens, Renato Marroffino, acredita que cerca de 70% dos medicamentos serão reajustados. Ontem o estabelecimento comercializava os produtos ainda com a tabela antiga. “Ainda não recebemos os preços referentes ao mês de abril. Mas com certeza o consumidor vai reclamar do aumento estipulado, principalmente os aposentados. E eles têm toda a razão.” Marrofino ressaltou também a dificuldade dos comerciantes do ramo. “Tem laboratório que fica com o preço congelado por anos e depois nem aumenta o preço da linha toda. Mas, os considerados carros-chefe da indústria farmacêutica fazem o reajuste e não repassam nenhum desconto ao comerciante.”
A proprietária de uma farmácia no centro da cidade, Tereza Dóro, acredita que o reajuste de 5% significa muito dinheiro para aqueles que fazem uso contínuo dos medicamentos. “Para mim, o aumento foi grande e vai prejudicar quem tem de comprar remédios freqüentemente.”
Anvisa – Segundo a agência, os fabricantes poderão reajustar os preços de seus produtos obedecendo ao índice fixado em três faixas diferenciadas, 5,51%, 4,57% e 3,64%. de acordo com o faturamento. Cerca de 20 mil itens comercializados no Brasil estão sujeitos à correção de preços segundo os critérios estabelecidos. Somente os medicamentos fitoterápicos e homeopáticos não serão submetidos ao modelo de teto de preços do reajuste. As multas, nas situações em que ficarem comprovadas infrações, podem variar entre R$ 212 e R$ 3,2 milhões.
Fonte:
Jornal de Jundiai