Lucro do Santander cai pela metade no mundo; analistas culpam Brasil

26/07/2012

O Santander, maior banco da zona do euro, viu o lucro do primeiro semestre cair pela metade em relação ao mesmo período do ano passado, ainda sentindo os desdobramentos da crise imobiliária de 2008. O banco espanhol teve lucro líquido de € 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 4,2 bilhões).

Para cumprir obrigações com os órgãos reguladores da União Europeia (UE), o banco está precisando liquidar dívidas de empréstimos e financiamentos, que devem chegar a € 8,8 bilhões até o final do ano.

Analistas esperavam que o lucro no Brasil pudesse ser maior e ajudar a matriz que sofre com o agravamento da crise na Europa. O lucro líquido do Santander Brasil (SANB11) foi de R$ 1,464 bilhão no 2º trimestre, queda de 5,48% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
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Os maiores bancos do Brasil, por patrimônio

Foto 1 de 8 – Juntos, os cinco maiores bancos brasileiros tiveram lucro líquido ajustado de US$ 25,1 bilhões no último ano, ou cerca de R$ 51,8 bilhões. Confira a seguir quais são os sete maiores bancos do país, por patrimônio, segundo o levantamento "Exame – Melhores e Maiores de 2012". O ranking deve ser publicado em julho Reprodução

Analistas apontaram as menores receitas na América Latina e maiores perdas em crédito, especialmente no Brasil, onde a economia está passando por desaquecimento, elevando os calotes no setor bancário.

"O Brasil foi a grande decepção", disse Jaime Beceriil, do JP Morgan à Reuters.

Porém, a grande diversificação dos negócios do Santander pelo mundo (com destaque para Brasil, México, Polônia e Reino Unido) tem feito com que o banco sofra menos que outros rivais na Espanha. A América Latina responde por metade do lucro do Santander.
Bancos sentem aumento da inadimplência

Seguindo quadro apresentado pelos rivais Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4), o Santander Brasil fechou o 2º trimestre com aumento da inadimplência, com alta de 49% na provisão para créditos de liquidação duvidosa (aqueles com maior risco de não serem pagos), chegando a um montante de R$ 3,8 bi.

 

Fonte:
UOL