Juro brasileiro é o maior do mundo
09/01/2009
Juro brasileiro é o maior do mundo, bem acima da média dos países emergentes
SÃO PAULO – O Brasil apareceu, em junho, como o país que praticou as maiores taxas de juros do mundo, tanto nominais quanto reais, segundo relatório divulgado nessa terça-feira, 19 de julho, pela GRC Visão. O relatório traz um ranking com 40 países, listados de acordo com suas respectivas taxas.
Durante nove meses seguidos, a taxa de juro brasileira foi elevada, passando de 16% ao ano em setembro de 2004 para 19,75% ao ano em maio deste ano. Na reunião de junho, vale citar, o Copom (Comitê de Politica Monetária) decidiu manter o patamar da Selic, que será novamente revisto nesta quarta-feira.
Juro brasileiro é o maior do mundo
Em 19,75% ao ano, a taxa Selic é a maior taxa básica de juros do planeta, seguida da taxa básica de juro praticada na Venezuela (17% ao ano) e na Turquia (14,3% ao ano). Na quarta e na quinta posição aparecem a Rússia (13% ao ano) e o México (9,7% ao ano).
Por outro lado, com as menores taxas de juros nominais do mundo, estão a taxa japonesa (0% ao ano) e a suíça (0,7% ao ano). Taiwan e República Tcheca também se destacam, com juros de 1,4% ao ano e 1,7% ao ano, respectivamente.
Em termos reais, o brasileiro também é o maior
No que diz respeito aos juros reais, considerando os últimos 12 meses e descontando a inflação do período, a Selic também conquista a liderança. Em 8,7% ao ano, os juros reais brasileiros são os maiores do mundo.
Segundo a GRC Visão, mesmo havendo nova estabilidade na taxa de juros nominais no Brasil, a taxa real projetada para os próximos 12 meses subirá, passando de 13,9% em junho para 14,1% em julho, motivada pela nova redução na expectativa de inflação para os próximos 12 meses.
Os juros reais praticados na Turquia aparecem em segundo lugar (8,5% ao ano) e os praticados na Hungria em terceiro (7,5% ao ano). No outro extremo, vale citar, aparecem a Argentina (-5,2% ao ano) e a Grécia (-1,6%), com taxas de juros reais negativas.
Taxa dos emergentes é mais elevada
No relatório da GRC Visão, fica muito clara a diferença entre as taxas praticadas em junho pelos países emergentes e pelos países desenvolvidos. Os primeiros, em média, praticavam uma taxa de juros nominal de 7,5% ao ano, acima da taxa média de 2,6% ao ano dos segundos. A média geral, de acordo com o relatório, ficava em 4,8% ao ano.
A taxa média de 2005 apresenta a mesma tendência. Os países desenvolvidos seguem com 2,4% ao ano, contra 7,7% ao ano dos países em desenvolvimento.
Fonte:
Uol Economia
Info Money
20/7/2005