Itália: 50 milhões vão escolher novo premiê
09/01/2009
Mais da metade dos italianos votou no primeiro dia das eleições gerais neste domingo. Segundo levantamento do ministério do Interior, pouco mais de 52,1% dos eleitores foram às urnas escolher entre a coalizão de centro-direita, liderada pelo atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e a coalizão de centro-esquerda, liderada pelo ex-ocupante do cargo Romano Prodi.
A votação começou às 8h da manhã deste domingo e cerca de 50 milhões de italianos devem participam da eleição para eleger seu primeiro-ministro. Os italianos poderão votar também esta segunda-feira até as 15h. (10h, horário de Brasília)
Neste primeiro dia a eleição transcorreu sem grandes ocorrências, a não ser as três garrafas incendiárias e uma bomba caseira, que não explodiu, lançados de madrufada contra um colégio eleitoral no nordetse do país, na cidade de Vittorio Veneto (nordeste), Não houve vítimas e o colégio abriu normalmente às 8h. Segundo autoridades locais, foram encontrados panfletos de um grupo anarquista em Vittorio Veneto, com referência à política do país e a campanha eleitoral.
No sábado, a imprensa não divulgou notícias sobre as eleições, para que os eleitores pensassem sobre suas intenções de voto sem influências.
Duas semanas atrás, pesquisas de intenções de votos davam uma margem de vitória de 5 pontos porcentuais para Romano Prodi, mas 15% dos 50 milhões de eleitores registrados permaneciam indecisos.
Promessas – O primeiro-ministro fez várias promessas de cortes de impostos. De reduções nos tributos sobre contas correntes à primeira moradia, Berlusconi prometeu aumentar a aposentadoria de 500 para 800 euros (de quase 1.300 reais a mais de 2,000 reais).
Na Piazza del Popolo, em Roma, em seu último discurso, o ex-primeiro ministro (1996 e 1998) e ex-presidente da Comissão Européia (CE), 66 anos, Prodi fez uma ”convocação”: ‘’Este comício não é apenas um apelo ao seu voto, é uma convocação para a reconstrução da Itália’’.
No ano passado, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país foi zero. Este ano, a previsão é de 1,3%. O déficit orçamentário, cujo teto na zona do euro é de 3%, poderá ultrapassar os 6%, em 2006. A dívida pública, em crescimento, corresponde a 106% do PIB.
Fonte:
Revista Veja