IPCA-15 sobe 0,93% em julho e 4,3% em 7 meses

09/01/2009

São Paulo, 26 de Julho de 2004 – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,93% no período de 30 dias encerrado em 15 de julho, o mais alto desde abril de 2003, com aceleração de 0,37 ponto percentual (p.p.) na comparação com a taxa de 0,56% registrada em junho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,3% e, nos últimos doze meses, de 6,53%.

O IPCA-15 mede preços entre famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. Este mês, as pressões de alta partiram dos alimentos, combustíveis, energia elétrica e telefonia fixa.

O grupo alimentação e bebidas subiu 0,91%, após alta de 0,55% em junho, por influência do clima frio. Os maiores aumentos foram do tomate (14,74%) e da cebola (16,67%). As despesas com batata-inglesa subiram 6,05%, feijão preto, 5,77% e o leite pasteurizado, 5,66%. Com menor força, o pão francês subiu 1,37%; a carne, 1,03%; e os ovos, 1,06%.

O álcool combustível, que havia subido 5,2% em junho, aumentou 7,11% em julho, influenciado pela cotação da cana-de-açúcar. A gasolina, que havia aumentado apenas 0,52% no IPCA-15 de junho, agora subiu 5,64%, reflexo do reajuste de 10,8% concedido à Petrobras a partir do dia 15 de junho. A energia elétrica subiu 0,67% em julho, decorrência dos reajustes em São Paulo (1,26%), Curitiba (4,85%) e Porto Alegre (0,47%).

Entre as 11 cidades pesquisadas, Curitiba ficou com a maior alta, de 1,35% em julho, seguida por São Paulo (1,11%), Porto Alegre (1,03%) e Belo Horizonte (0,93%). Fortaleza teve a menor alta (0,29%). Como o IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA (base do sistema oficial de metas de inflação), com a diferença do período de coleta de preços, que no IPCA coincide com o mês civil, a consultora Global Invest divulgou na sexta-feira uma revisão de sua projeção do índice oficial para 1,05% este mês (a anterior era de 0,95%).

(Gazeta Mercantil Viviane Monteiro/InvestNews)