Investidores ampliam aposta na TI brasileira

09/01/2009

O setor de tecnologia da informação voltou a entrar no radar dos investidores. Apesar de ainda pouco representativo, o fluxo de recursos começa a ganhar consistência. Com 3.030 empresas de base tecnológica instaladas em 319 incubadoras, criou-se um cenário de novas idéias cada vez mais investigado pelos gestores de fundos de participação. “A busca por inovações não parou. Continuamos atrás de projetos”, diz Paulo Henrique de Oliveira Santos, presidente da Votorantim Novos Negócios, que começa a usar a segunda metade de seu fundo de R$ 300 milhões.

A lista de investidores vem crescendo. A Intel Capital criou no semestre passado um fundo de US$ 50 milhões dedicado exclusivamente ao país. O banco Stratus esgotou os R$ 30 milhões de seu primeiro fundo de tecnologia e espera encerrar, no primeiro trimestre de 2007, uma captação de R$ 100 milhões para o segundo. A Rio Bravo, do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, fez dois investimentos recentes em um intervalo de apenas 30 dias. A FIR Capital ainda tem 20% de um fundo de R$ 130 milhões para investir e pretende captar mais R$ 60 milhões

No entanto, apesar de o dinheiro ter voltado a fluir, os investidores ainda reclamam que muitas vezes faltam projetos estruturados e criativos, capazes de atrair seus recursos. Os empreendedores novatos se defendem, e argumentam que há falta de disposição do capital de risco.

O que pode resolver essa questão é um personagem já comum em países como os Estados Unidos e que começa a surgir no Brasil: o “investidor-anjo”, aquele que apóia projetos ainda em fase inicial, cujo volume de recursos necessários costuma ser pequeno, mas de alto risco. O Jardim Botânico Partners criou um fundo especializado no chamado capital-semente.

Fonte:
Valor Economico