Investidores agora analisam mercados emergentes mais de perto, aponta pesquisa
16/06/2014
Investidores estão se dando conta das diferenças estruturais entre países classificados como mercados emergentes e estão tendendo menos a tratá-los como um grupo homogêneo, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira.
O estudo do instituto de pesquisa e da gestora de recursos Principal Global Investors mostrou que após sofrerem perdas na recente volatilidade dos mercados emergentes, muitos investidores estão agora analisando cada país mais de perto.
A pesquisa com 700 fundos de pensão, fundos soberanos, consultores e gestores de recursos em 30 países, com ativos combinados de 29,7 trilhões de dólares, mostrou que a porcentagem que permnace otimista sobre a classe de ativos caiu quase pela metade em dois anos.
"Os investidores não perderam fé no conto dos mercados emergentes; eles estão simplesmente questionando-o. A balança mudou um pouco entre 2012 e 2014", disse o relatório.
A porcentagem dos chamados "fiéis" aos mercados emergentes caiu para 20 por cento ante 38 por cento entre 2012 e 2014, enquanto que os "céticos" cresceram para 28 por cento ante 18 por cento.
Investidores que estão cuidando de perdas da turbulência no começo do ano são hoje mais propensos a examinar os países e seus benefícios econômicos em uma base de caso a caso.
Países identificados como capazes de implementar reformas econômicas são tidos como mais atraentes, diz o relatório, com mais de um terço dos entrevistados identificando a China como capaz de oferecer fortes retornos durante os próximos três anos.
Mais da metade dos entrevistados na pesquisa disseram pensar que a China fará um progresso significativo na implementação de reformas econômicas, enquanto que apenas seis por cento disseram que pensam o mesmo sobre a Rússia.
"O estudo indica que não há mais uma aceitação geral da história de mercados emergentes. As expectativas de retornos dos investidores caiu significativamente para ações e títulos", disse Nick Lyster, presidente-executivo da Europa da Principal Global Investors Europe.
(Por Chris Vellacott)
Fonte:
R7