Indústria de eletrodomésticos quer manter IPI menor
30/09/2009
Um grupo de representantes da indústria de eletrodomésticos reuniu-se na tarde dessa desta terça-feira em São Paulo com o ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, para tentar impedir que as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) voltem ao patamar anterior à crise.
Em abril, o governo abriu mão temporariamente de parte da contribuição diante da queda nas vendas do setor. Segundo o prazo estabelecido pelo Ministério, o tributo deve voltar a incidir por completo sobre refrigeradores, máquinas de lavar e fogões no dia 1º de novembro, mas a indústria briga contra a retomada em duas frentes.
A primeira reivindicação é para estender o prazo de vigência do atual alívio do IPI até o final de janeiro. A segunda é para reduzir definitivamente as taxas do imposto sobre os produtos do setor. A proposta apresentada pela indústria foi reduzir o IPI dos refrigeradores de 15% para 5%. No caso das lavadoras de roupas, a ideia é diminuir de 20% para 5%. Já no caso dos fogões, o setor concorda em manter a regra atual de 4%. Atualmente, com a redução temporária o imposto, os fogões não recolhem mais IPI, a contribuição das lavadoras é de 10% e dos refrigeradores é de 5%.
O principal argumento da indústria em favor das mudanças na regra de aplicação do imposto foi a atual discrepância na taxação dos eletrodomésticos. "O critério do IPI é a essencialidade. No passado, um fogão até poderia ser mais essencial que uma lavadora de roupas, mas esse não é mais o caso", diz um executivo do setor.
No encontro, estiveram presentes representantes da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) e executivos das companhias Whirlpool, Mabe, LG, Electrolux e Esmaltec. Novas conversas deverão ocorrer até que tome uma decisão final.