Inadimplência das empresas volta a subir em outubro

SÃO PAULO – A inadimplência entre as empresas brasileiras voltou a subir após dois meses seguidos de queda. Em outubro, o indicador subiu 1,8% em relação a setembro, mês em que houve queda de 5,7% diante de agosto.

Já no confronto com outubro de 2004, as dívidas em atraso das empresas cresceram 12,7%. Se forem considerados os primeiros dez meses do ano, o indicador informa que a inadimplência subiu 14,4% na relação com o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (02) pela Serasa.

De acordo com os organizadores da sondagem, que leva em conta o desempenho das empresas em todo o Brasil, a redução no nível da atividade econômica, aliada às taxas de juros ainda elevadas teriam prejudicado as empresas, incapacitadas de honrar seus compromisso em outubro.

Títulos protestados são mais freqüentes
A pesquisa mostra que a inadimplência das pessoas jurídicas se deve principalmente aos títulos protestados, que responderam por 41% do total de pagamentos não efetuados em outubro. O relatório diz, contudo, que apesar de ainda possuir a maior representatividade, os títulos protestados vêm perdendo peso no total de inadimplência. Em outubro do ano passado, por exemplo, os protestos responderam por 43% do total.

Na segunda colocação aparecem os cheques sem fundos, responsáveis por 38,9% da inadimplência empresarial de outubro, mesmo percentual registrado em igual período de 2004.

O menor peso no indicador das pessoas jurídicas ficou com as dívidas junto aos bancos, que não passaram de 20,1% do total, muito embora esta participação venha aumentando. Em outubro do ano passado, as dívidas tinham representatividade de 18,1%.

Valores das dívidas
Quanto aos valores das ocorrências, as dívidas bancárias são as mais “caras” entre as categorias de inadimplência, com valor médio de R$ 3.196,85 por empresa.

A dívida média referente a títulos protestados ficou em R$ 1.406,42, enquanto no caso dos cheques sem fundo o valor atingiu R$ 1.227,20.

Fonte:
Info pessoal