Importação de petróleo, derivados e gás cresce 31%
09/01/2009
As importações de petróleo, derivados e gás natural nos três primeiros meses do ano atingiram US$ 3,3 bilhões, com aumento de 31,71% em relação a igual período do ano passado, basicamente devido aos aumentos dos preços da matéria-prima, conforme dados consolidados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Apesar disso, o déficit comercial com petróleo e derivados do País no trimestre registrou queda de 28,67%, caindo para US$ 1 038 bilhão devido ao expressivo aumento de 115,60% nas exportações, que somaram US$ 2,56 bilhões no mesmo período. Em termos de volume, houve queda de 49,14% nas compras, enquanto as exportações cresceram 54% em relação a igual período de 2005, conforme a ANP.
Pelos dados da ANP, o preço médio do barril importado de óleo cru registrou aumento de 40,06% este ano, em relação ao primeiro trimestre de 2005, oscilando em torno de US$ 62,90 por barril. Já os preços do óleo cru exportado pelo Brasil cresceram 22,46% no mesmo período, situando-se em torno de US$ 47,28 por barril. Com isso, o spread (diferença) entre o óleo importado e o exportado ficou maior este ano, chegando a atingir US$ 19,85 por barril em janeiro.
Em fevereiro e março, houve ligeira recuperação dos preços do óleo nacional ante o importado, com o spread entre os dois produtos caindo para US$ 11,69 e US$ 15,21 por barril, respectivamente. A Petrobras tem aumentado o refino do óleo nacional para se apropriar das diferenças de preços entre os dois produtos. No caso dos derivados de petróleo, praticamente não há diferença nos preços entre os produtos importados pela Petrobras e as exportações da petroleira brasileira.
No trimestre passado, as importações líquidas de petróleo bruto ficaram em torno de 29.500 barris diários, com exportações de 349 mil e compras externas de 319 mil. No caso dos derivados, houve um saldo favorável de 5.391 barris diários ao Brasil, com exportações médias diárias de 205 mil barris e importações de 199 mil.
Com as compras de gás natural da Bolívia, porém, o saldo líquido oscilou em torno de 196 mil barris diários. As compras de gás natural do país vizinho oscilaram em torno de 173 mil barris de óleo equivalente, conforme a ANP.
Pelos planos da Petrobras, com o início da produção das plataformas P-50 e de Golfinho, agora no primeiro semestre, o Brasil está saindo da condição de importador para a de exportador líquido de petróleo e derivados.
Fonte:
Agencia Estado