Importação de máquinas cresce em mercado retraído

09/01/2009

A aceleração das importações de máquinas e equipamentos, em especial de países da Ásia, aumenta a preocupação dos empresários do setor. Segundo a Abimaq, as importações superaram as exportações no período de janeiro a julho, com US$ 5,5 bilhões e US$ 5,3 bilhões, respectivamente. As importações cresceram 16,7% no ano, afetando principalmente máquinas agrícolas, têxteis, para plásticos e gráficas, diz Newton Mello, presidente da entidade.

Mesmo com a alta das importações, o consumo aparente de máquinas e equipamentos no país diminuiu. De janeiro a julho, houve retração de 0,8%, para R$ 30,96 bilhões. “Essa queda deve se ampliar para 1% ou até 2% no fim do ano”, prevê Mello.

A compra de equipamentos para a usina de Santa Cruz, da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), é um exemplo da perda de competitividade pelos fornecedores locais. Os fabricantes de bens de capital selecionados pela CSA deverão importar de 80% a 90% do conteúdo dessas máquinas da China. Essa foi a opção encontrada para enquadrar suas propostas ao orçamento de US$ 2,4 bilhões para a construção da usina.

A forte concorrência das importações levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a reduzir o custo dos empréstimos aos compradores de bens de capital através do programa Modermaq. A taxa de juro fixo caiu de 13,95% para o mínimo de 9,5% e máximo de 12%, conforme o spread do agente financeiro. O prazo de vigência do Modermaq, que contará com orçamento de R$ 3 bilhões, foi ampliado até dezembro de 2007, com o BNDES cobrindo 90% do valor do bem.

Fonte:
Valor Economico