Imóveis à venda sobem 6,6% acima da inflação em 2013

05/11/2013

São Paulo – O Índice FipeZap Ampliado, indicador que acompanha a variação dos preços dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras, registrou um aumento no preço médio do metro quadrado anunciado de 1,3% em outubro, um pouco acima da alta de 1,2% de setembro. No acumulado do ano, a elevação do preço do metro quadrado anunciado para venda já chega a 11,3%, ou 6,6% acima da inflação do período medida pelo IPCA, índice oficial do governo.

As maiores altas do mês ficaram com os imóveis à venda em Belo Horizonte (+3,70%) e Curitiba (+3,50%). Já Vitória (+0,1%), Salvador (+0,2%), Niterói (+0,5%) e Distrito Federal (+0,5%) tiveram os menores aumentos no preço médio do metro quadrado anunciado, abaixo inclusive da inflação que o mercado projeta para outubro, de 0,6%, segundo o Boletim Focus do Banco Central.

A capital paulista teve uma alta forte em outubro, de 1,2%. No Rio, a valorização foi um pouco mais modesta, de 0,9%, porém maior que a alta do mês anterior. De acordo com o relatório do Índice FipeZap Ampliado de outubro, o Leblon, bairro mais caro do país, viu retração no preço do seu metro quadrado anunciado pelo segundo mês consecutivo, de 22.084 reais para 21.886 reais.

Em outubro novamente nenhuma cidade viu retração nos preços pedidos pelos donos de imóveis. Curitiba continua sendo a cidade que mais puxa o Índice FipeZap Ampliado para cima, com uma alta de 38,4% em 12 meses.

Veja na tabela o desempenho de cada cidade no Índice FipeZap de outubro. Todas as 16 cidades compõem o Índice FipeZap Ampliado, lançado no início deste ano. Sete dessas cidades, em negrito, já compunham o Índice FipeZap Composto, existente desde 2010.

Região Variação mensal Outubro/13 Variação mensal Setembro/13 Em 12 meses No ano
Belo Horizonte 3,70% 1,40% 9,10% 6,80%
Curitiba 3,50% 3,80% 38,40% 33,20%
Florianópolis 1,90% 1,50% 15,20% 13,10%
Porto Alegre 1,50% 1,40% 14,90% 12,30%
Fortaleza 1,40% 1,60% 10,60% 11,00%
Recife 1,40% 1,30% 12,20% 11,30%
São Caetano do Sul 1,30% 1,80% 10,70% 9,40%
Índice FipeZap Ampliado (16 cidades) 1,30% 1,20% 13,40% 11,30%
São Paulo 1,20% 1,20% 13,40% 11,20%
Índice FipeZap Composto (7 cidades) 1,20% 1,10% 12,40% 10,30%
São Bernardo do Campo 1,10% 1,00% 9,10% 8,10%
Santo André 0,90% 1,30% 11,50% 9,90%
Rio de Janeiro 0,90% 0,80% 14,70% 12,50%
IGP-M 0,81%* 1,50% 5,22%* 4,54%*
Vila Velha 0,70% 1,10% 11,90% 10,60%
IPCA 0,57%* 0,35% 5,84%* 4,38%*
Distrito Federal 0,50% 0,80% 4,70% 3,30%
Niterói 0,50% 0,20% 9,00% 7,00%
Salvador 0,20% 0,80% 13,60% 9,90%
Vitória 0,10% 1,50% 14,50% 12,70%

Fontes: Índice FipeZap e Banco Central
(*) Estimativa

 

 

Veja na tabela o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade:

Região Preço médio do metro quadrado (R$)
Rio de Janeiro 9.700
Distrito Federal 8.595
São Paulo 7.631
Média Nacional 7.143
Niterói 6.892
Recife 5.693
Belo Horizonte 5.284
Fortaleza 5.275
São Caetano do Sul 5.171
Florianópolis 4.963
Curitiba 4.916
Porto Alegre 4.770
Santo André 4.493
Salvador 4.378
Vitória 4.333
São Bernardo do Campo 4.246
Vila Velha 3.764

Fonte: Índice FipeZap

O FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010. Já entre as novas cidades, incluídas no Índice FipeZap Ampliado, as cidades do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm as séries históricas mais recentes, iniciadas em julho de 2012. O FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro deste ano.

O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290.000 unidades todos os meses. Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Fonte:
Exame