FMI vai baixar previsão de crescimento mundial para 1% a 1,5%

26/01/2009

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai rever em baixa as previsões para o crescimento da economia global. O corte deverá colocar a projecção num intervalo situado entre 1% e 1,5%, segundo revelou Axel Bertuch-Samuels, à margem de uma conferência realizada durante o fim-de-semana passado nos Emirados Árabes Unidos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai rever em baixa as previsões para o crescimento da economia global. O corte deverá colocar a projecção num intervalo situado entre 1% e 1,5%, segundo revelou Axel Bertuch-Samuels, à margem de uma conferência realizada durante o fim-de-semana passado nos Emirados Árabes Unidos.

"As perspectivas para a economia global registaram uma deterioração nos meses mais recentes", disse à agência Reuters o director da organização para os mercados monetário e de capitais. "A confiança dos consumidores e das empresas baixou para níveis que já não se viam há décadas e a actividade caiu de forma aguda", acrescentou Bertuch-Samuels, antecipando que 2009 será um "enorme desafio".

Em Novembro passado, o FMI já havia procedido a uma alteração, de sentido negativo, nas previsões para o desempenho da economia durante o ano corrente. Na altura, a organização previa que o crescimento global se quedasse por 2,2%. A dimensão da revisão agora antecipada é considerada "enorme" por aquele director do Fundo.

Os novos números do FMI baixarão as expectativas para os países desenvolvidos mas, também, para as nações emergentes, incluindo a China e a Índia. A primeira, que ascendeu ao posto de terceira maior economia global durante os últimos anos, cresceu a metade do ritmo verificado em 2007 durante o derradeiro trimestre do ano passado. Ainda assim, a progressão da actividade fixou-se em 6,8%.

Numa entrevista à BBC, na semana passada, Dominique Strauss-Khan havia já alertado para a degradação da conjuntura e para o facto de esta situação implicar a revisão em baixa das previsões de crescimento para este ano. O director-geral do FMI afirmou que as economias desenvolvidas sofrerão uma contracção durante 2009, a primeira vez que tal acontecerá desde a Segunda Guerra Mundial.

Fonte:
Jornal de Negócios