FMI alerta para efeitos da crise nos países mais pobres
04/03/2009
É provável que aqueles países, muitos dos quais são africanos e asiáticos, necessitem de mais 25.000 milhões de dólares (20.000 milhões de euros) em novos financiamentos, acrescentou a mesma organização.
O FMI declarou mesmo que nos encontramos perante a "terceira vaga" de uma maré descendente: começaram por ser afectados os países mais desenvolvidos, depois os de nível médio, ou economias emergentes, e agora já chegou a crise aos mais pobres de todos. Ou seja, a estados como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Perante isto, o Fundo pediu aos doadores que não retirem o seu apoio aos que mais precisam, de modo a que não aumente cada vez mais o fosso entre a linha dianteira da humanidade e a cauda da mesma.
Num novo relatório, a instituição explicou que os mais pobres estão agora mais expostos à crise financeira global porque estão mais integrados mais na economia internacional do que estavam há alguns anos.
Deverão agora ver diminuído o seu comércio, terão menos investimento externo e receberão menos remessas dos seus emigrantes.
O FMI insistiu ao longo do trabalho em que se o crescimento global e as condições de financiamento se agravarem, o número de países vulneráveis poderá quase que duplicar; e em que grande parte da miséria se irá sentir na África a sul do Sara.
Fonte:
Publico.pt