FMI afirma: ´Brasil precisa de investimentos´
29/08/2013
ão Paulo/Brasília. A economia brasileira está se recuperando gradualmente da desaceleração iniciada no meio de 2011, mas o País precisa de mais esforços para melhorar a produtividade, a competitividade e os investimentos, para garantir crescimento no longo prazo. As conclusões constam de relatório produzido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), com base em consultas a autoridades brasileiras e divulgado ontem.
O documento faz referência ao processo recente de desvalorização da moeda brasileira e diz que a turbulência se insere dentro da realidade das economias emergentes. O FMI acredita que o Brasil tem instrumentos adequados para lidar com pressões de fluxo de capitais.
Turbulência
"A flexibilidade da taxa cambial continua sendo o melhor colchão para amortecer a turbulência financeira externa, desde que intervenções no mercado cambial fiquem limitadas a moderar a volatilidade excessiva", disse o FMI.
A avaliação da entidade financeira internacional coincide com a fala da presidente Dilma Rousseff ontem, sobre o câmbio, em entrevista a emissoras de rádio de Belo Horizonte. Ela reafirmou que o câmbio é flutuante, mas que as intervenções no mercado feitas pelo Banco Central são para impedir que essas flutuações sejam "abruptas".
Poupança
O relatório do FMI informou ainda que será importante para o Brasil elevar a poupança doméstica, melhorar o mecanismo de indexação do salário mínimo e continuar a reformar seu sistema previdenciário.
O desemprego baixo e fortes ganhos salariais reais mantiveram o consumo forte e, com a economia operando perto do potencial, os problemas de oferta afetaram o crescimento e alimentaram a inflação, de acordo com o relatório.
Juros
O FMI aprovou o início de um ciclo de aumento das taxas de juros, pelo Banco Central, que elevou ontem, o percentual para 9%. O BC iniciou em abril uma agressiva estratégia de aumento na taxa de juros, elevando a taxa básica Selic, da mínima recorde de 7,25% para os atuais 9%. "Além dos obstáculos das condições externas, problemas do lado da oferta doméstica e incertezas políticas podem estar afetando o crescimento no curto prazo", completou o relatório
Fonte:
Diário do Nordeste