Finep: Programa Juro Zero
09/01/2009
BRASÍLIA – Empréstimos sem juros e com pagamento dividido em cem parcelas. Em outubro, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lança o Programa Juro Zero, com condições especiais para o financiamento de pequenas e médias empresas inovadoras.
O novo instrumento pretende beneficiar cerca de 2,5 mil empreendimentos nos próximos 30 meses, com a meta de liberar R$ 21 milhões em recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
De acordo com o Sebrae, uma característica do programa é a redução de burocracia. Os projetos serão apresentados em formulário padrão, disponível no site da Finep. Até mesmo a assinatura dos contratos será digital.
Também para agilizar o processo de contratação, a Finep vai firmar convênios locais com parceiros estratégicos, que podem ser regionais do Sebrae, federações de indústria e secretarias de desenvolvimento.
Treinados pela Finep, os parceiros serão responsáveis por uma primeira análise das propostas. Com a aprovação do agente intermediário, o projeto será então encaminhado à Finep, que terá trinta dias para decidir sobre a aprovação, contratar e liberar a primeira parcela do empréstimo, equivalente a 60% do valor total. Os outros 40% estarão disponíveis em um ano. Dirigido a empresas inovadoras com faturamento anual de até R$ 10,5 milhões, o Programa Juro Zero vai oferecer financiamentos que variam de R$ 100 mil a R$ 900 mil, corrigidos pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM). Não há carência e o empresário começa a pagar no mês seguinte à liberação do empréstimo. Por isso, o pagamento é facilitado em 100 parcelas.
Como não há necessidade de garantias reais, foi criada uma composição alternativa de garantias para avalizar o financiamento. Os sócios da empresa proponente vão afiançar 20% do total. Além disso, em cada empréstimo, haverá um desconto antecipado de 3% no valor liberado aos empreendimentos, dinheiro que criará um fundo de reserva correspondente a 30% do total de financiamentos.
Após a quitação do empréstimo, e caso não haja inadimplência, essa taxa, corrigida pelo IGPM, será devolvida às empresas. Os 50% restantes serão assegurados por fundos de aval criados pelos agentes locais, em cada uma das regiões escolhidas. As informações são da assessoria de imprensa do Sebrae.
Fonte:
Valor Online
22/9/2004