Fábricas de autopeças buscam negócios no mercado árabe
09/01/2009
As similaridades entre os mercados brasileiro e árabe de automóveis devem facilitar a entrada das indústrias de autopeças na região. Dez empresas do setor participam no final deste mês da Automechanika, feira que ocorre em Dubai, nos Emirados.
As similaridades dos mercados automotivos brasileiro e árabe poderá beneficiar as empresas nacionais que vão participar da Automechanika, feira do setor de autopeças, que será realizada entre os dias 28 e 30 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Essa é a opinião do membro do conselho do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Theophil B. Jaggi.
O mercado árabe conta com veículos das principais montadoras internacionais que também estão presentes no Brasil e são atendidas pelas fabricantes locais de autopeças. “O mercado árabe é interessante para o nosso setor. É uma região que já conta com veículos de procedência brasileira, principalmente de ônibus, e tem carros de variadas marcas que coincidem com a nossa frota”, afirmou Jaggi.
O Sindipeças, em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, vai levar dez empresas para a Automechanika. Esta será a terceira participação do Sindipeças e a primeira da Câmara Árabe na feira. As exportações brasileiras de autopeças para o mercado árabe aumentaram em 89,4% no ano passado em relação a 2004. “Esse crescimento é resultado das participações em feiras internacionais”, disse.
De acordo com dados do site americano Auto Strategies International, apenas nos países do Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein, Catar, Kuwait e Omã), os veículos somam mais de sete milhões, entre automóveis, caminhões e ônibus. Desse total, 60% da frota é japonesa, 13% americana, 12% européia e 15% de outros países, entre eles o Brasil. “O Brasil é muito bem recebido na região”, disse Jaggi.
Segundo ele, Dubai é o centro de distribuição do Oriente Médio e da África. “É um grande mercado e precisamos saber trabalhar com ele”, completou. De acordo com Jaggi, 95% das vendas realizadas nos Emirados são reexportadas para outros países. O emirado é considerado o terceiro centro reexportador do mundo, após Hong Kong e Cingapura. Entre 2000 e 2005, o mercado de autopeças de importação e reexportação dos Emirados cresceu 155%, segundo dados da Zona Franca de Jebel Ali.
No ano passado, o total de autopeças comercializadas em Dubai somou US$ 4,9 bilhões, um aumento de 80% em relação ao ano anterior. Nos Emirados Árabes existem dois dos maiores showrooms da General Motors, da Volkswagen e da Ford.
Feira
A organização da Automechanika espera receber este ano oito mil visitantes, contra 7,1 mil na edição anterior, em 2004. Cerca de 500 empresas de 40 países vão expor na mostra, num espaço de 16.785 metros quadrados. A feira será realizada no Dubai World Trade Centre.
O estande brasileiro de 90 metros quadrados vai contar com as seguintes empresas: Bins, Rings and Forks International (RFI), Alfatest, Fras-Le, Zen, ECS Brasil, Frum, Suporte Rei, MIC e Autotravi Borrachas. “Acredito que a participação brasileira é importante, porque é a oportunidade das empresas fazerem novos contatos e assim podemos melhorar o nosso desempenho na região”, finalizou Jaggi.
Fonte:
www.anba.com.br
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