Exportações a mercados não tradicionais cresce 72%

09/01/2009

BRASÍLIA _ De janeiro a julho deste ano, as exportações brasileiras para mercados não tradicionais (101 principais países) cresceram 72%, se comparado com o mesmo período do ano passado. O resultado foi considerado pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como um reflexo da busca pela diversificação da pauta exportadora do país.

O levantamento, feito pela Secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério, mostra que a venda para esses países cresceu de US$ 4,3 bilhões, de janeiro a julho de 2003, para US$ 7,5 bilhões no acumulado deste ano. Isto significa US$ 3,2 bilhões a mais na balança comercial brasileira. Em termos absolutos, este crescimento é maior do que o registrado entre os três principais parceiros comerciais do Brasil: Estados Unidos (US$ 1,115 bilhão), Argentina (US$ 1,773 bilhão) e China (US$ 815 milhões).

Outro indicador do crescimento da importância desses países está na participação no total exportado pelo Brasil. Enquanto em 2003 eles representavam 11,2% de tudo o que o país vendia no exterior, neste ano eles já compram 14,4% dos produtos brasileiros exportados. O exportador brasileiro, de janeiro a julho deste ano, aumentou a venda de seus produtos para países como Libéria (de US$ 648 mil para US$ 12,8 milhões), Polônia (de US$ 49 milhões para US$ 233 milhões), Sudão (de US$ 4,1 milhões para US$ 15,9 milhões) e Iraque (de US$ 18 milhões para US$ 57 milhões).
Mas o crescimento também é visível em mercados cujo nome são pouco conhecidos no Brasil, como Micronésia (+322%), Chade (+567%) e Moldova (+1.014%).

Três países conseguiram quebrar a barreira dos US$ 500 milhões e compraram valor superior a esse nos primeiros sete meses do ano: Colômbia (US$ 553 milhões e alta de 45%), Irã (US$ 649 milhões e +44,8%) e África do Sul (US$ 509 milhões e +37%). Nos primeiros sete meses do ano, segundo a Secex, as vendas do comércio exterior brasileiro passaram de US$ 39 bilhões, em 2003, para US$ 52 bilhões.

Valor Online
Azelma Rodrigues