Exportação de couro deve ultrapassar US$ 6 bi
09/01/2009
SÃO PAULO, 17 de outubro de 2007 – Detentor do maior rebanho bovino comercial do mundo – estimado em mais de 200 milhões de cabeças – o Brasil vem consolidando a indústria curtidora como um dos grandes motores da economia no País. As exportações brasileiras de couro devem saltar de US$ 1,87 bilhão, receita contabilizada em 2006, para US$ 6 bilhões até 2015, de acordo com estimativas do Centro das Indústrias de Curtume do Brasil (CICB).
Os embarques para países como China, Itália e EUA somaram US$ 1,47 bilhão até agosto (78% do realizado no ano passado), o que representa um crescimento de 24% em comparação ao mesmo período de 2006 e gerar US$ 2,3 bilhões em produtos embarcados ou 35 milhões de peças. A atividade movimenta ainda um PIB de US$ 3 bilhões, dá emprego para mais de 50 mil pessoas por meio de um complexo industrial formado por 800 empresas que processam 45 milhões de unidades de couros.
O Estado de Mato Grosso, por exemplo, vem se posicionando como um dos maiores contribuintes para este crescimento nacional do setor. A produção de couro mais que dobrou nos últimos quatro anos – saltou de 16 mil peças diárias em 2003 para 34 mil peças neste ano. Segundo o CICB, um outro fator deixa claro o potencial do Estado que hoje detém o maior rebanho bovino brasileiro em número de abates. A entidade afirma que enquanto a taxa de crescimento do setor deve crescer cerca de 10% ao ano no Brasil, em Mato Grosso este percentual pode ser superior a 50% ao ano’.
De acordo com Marcelo Paes de Barros, presidente do Sindicato das Indústrias de Curtume de Mato Grosso (Sincurt), há cinco anos 60% da produção de wet blue (primeiro estágio do curtimento do couro) era produzido fora do Estado e hoje Mato Grosso detém 100% desta produção.
‘O primeiro passo já foi dado, agora precisamos investir na produção de semi-acabados e de acabados, que respectivamente, representam 10% e 5% da produção do Estado’, diz o presidente afirmando que o Estado atingiu a capacidade máxima de abate e que agora a cadeia frigorífica precisa fazer a sua parte e investir em produção.
O presidente afirmou que Mato Grosso tem 10 indústrias de cortume que empregam 2.500 pessoas diretamente e mais de 7.500 indiretas.
Fonte:
Ciça Ferraz
InvestNews