Estudo da Fiesp escancara barreiras para o crescimento

Carga tributária e juros altos
Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente da Fiesp apresentou um estudo que compara os juros, spread, crédito e tributação de 43 países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles assistiram à apresentação, que mostra que o Brasil tem carga tributária de país avançado e padrão de vida de país atrasado.

O estudo mostra que o País enfrenta uma restrição relativa de crédito ao setor privado, ficando em 32º lugar nesse ranking. Quando comparados os juros, o país sobe no ranking. É o 4º maior juro do mundo, resultado que se dá em função do spread cobrado pelos bancos, o maior entre os países analisados. O excesso de spread retira 3,47% do PIB do rendimento das famílias e das empresas brasileiras.

Skaf defendeu a redução imediata de impostos para evitar o risco de aumento da carga tributária. A estimativa é de que neste ano aumente 1% em relação à 2003. Do ministro Palocci, obteve o comprometimento com a redução da tributação excedente, caso ela se confirme.

Skaf também defendeu a redução gradual da Selic associada a metas de desempenho fiscal, redução da TJLP para compatibilizá-la com a taxa de retorno do setor produtivo, incentivo às cooperativas de crédito. Também insistiu no fim da cumulatividade do PIS e da Cofins e na realização de uma profunda Reforma Fiscal.

Noticias Fiesp
11/11/2004