Escola de Artes Visuais do Parque Lage promove aulas abertas nas férias
15/02/2017
15/02/2017 – Jornal do Brasil
A Escola de Artes Visuais do Parque Lage, celeiro de grandes artistas contemporâneos (como Beatriz Milhazes, Daniel Senise e Ernesto Neto), promove durante as férias uma série de aulas abertas ao público, com o objetivo de atrair alunos para os cursos regulares, que terão início no dia 6 de março.
Nesta quinta(16), às 17h, a italiana Zoè Gruni – que já expôs na França, Inglaterra, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos e Itália – vai falar sobre o corpo como linguagem, sobre identidades mutantes e experiências contemporâneas na era da comunicação. Logo após, às 19h, o professor Alain Alberganti vai ocupar o salão nobre do casarão para tratar da ‘performance da dança butoh’, que surgiu no Japão pós-guerra e ganhou o mundo na década de 1970.
“Uma das principais características desta dança é a abolição da intenção. Quando uma forma está instalada, ou um movimento iniciado, o performer segue-o através do seu corpo, de uma articulação à outra, como se ele fosse espectador. Seu corpo age e sua atenção, livre de qualquer vontade, concentra-se por inteiro nos meios da execução e na consciência aguda do que está acontecendo nele. Assim nenhuma intenção ou “querer-fazer” cria resistência aos movimentos. O performer parece fazer movimentos que já foram decididos. Mais do que em qualquer outra dança, no butoh existe uma absorção do mental pelo físico que evoca o transe no qual o performer mantém sempre o controle do que ele está fazendo”, comenta Alain.
Mais informações sobre o curso regular com a artista Zoè Gruni:
Segunda Pele: híbrido, memória, reciclagem
Professora: Zoè Gruni07 de março a 27 de junhoTerça-feira das 15h às 18hR$ 380,00/mês
Público-alvo
Estudantes e interessados em aprofundar a pratica da escultura e da performance na arte contemporânea. Não é indispensável ter habilidades ou conhecimentos prévios.
Introdução
O curso visa a produção de um objeto pensado como prótese do corpo, escultura que pode ser vestida e vivida usando materiais de reciclagem. Através do estudo de uma possível interação entre corpo e objeto, o objetivo será transformar este dialogo em ação performática. Por meio de aulas teóricas e práticas, num ambiente de troca e convivência, será proposto aos alunos desenvolverem projetos individuais.
Objetivos
Adquirir noções históricas artísticas para desenvolver uma capacidade critica sobre a disciplina da performance. Adquirir noções técnicas sobre: pesquisa de materiais, projeto e realização de um objeto-escultura, projeto e a realização de uma ação-performance. Desenvolver a própria linguagem e realizar um projeto individual.
Metodologia
O curso é dividido em aulas teóricas e práticas. No conteúdo teórico serão analisadas as obras e as técnicas dos artistas modernos e contemporâneos que utilizam a pratica de vestir a obra no próprio trabalho, com o auxilio de projeções de imagens e vídeos. As aulas práticas serão estruturadas como um laboratório/workshop, no qual os alunos desenvolvem projetos individuais.
Conteúdo
1. Corpo como linguagem: origem e historia da performance.
2. Segunda pele: interação entre corpo e objeto.
3. Identidades mutantes: experiências contemporâneas na era da comunicação.
Fonte: http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2017/02/15/escola-de-artes-visuais-do-parque-lage-promove-aulas-abertas-nas-ferias/?from_rss=pais