Entidades empresariais consideram corte de juros insuficiente

12/03/2009

Entidades empresariais manifestaram insatisfação com o anúncio de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) promoveu nesta quarta-feira um corte de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomecio) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o corte deveria ter sido maior.

O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, afirmou, em nota, que a decisão do Copom "frustra a sociedade, os agentes produtivos e a indústria brasileira".

“Esse movimento de aceleração no corte dos juros, ainda que na direção correta, não tem a intensidade necessária ao momento”, disse.

Já a Fecomercio afirmou que o Copom "deveria ter sido mais ousado" na decisão de corte da taxa básica de juros. "Um contexto como este [de crise] exige das autoridades decisões mais contundentes e efetivas para fomentar o consumo e a produção. O Banco Central, por meio do Copom, mais uma vez mostrou que está no caminho certo, mas errando na dose”, diz Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

Já o presidente da ACSP, Alencar Burti, classificou a decisão do Copom como "tímida". ""s dados relativos ao desempenho da economia indicam a necessidade de medidas mais profundas para evitar que a economia brasileira entre em recessão", disse, em nota.

Força Sindical

O presidente da Força Sindical. deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também criticou o corte nos juros promovido pelo Copom.

"O país precisa urgente de um ciclo de descida mais rápido da taxa básica de juros. A queda no PIB de 3,6%, no último trimestre de 2008, é resultado da hesitação dos membros do Copom em baixar os juros de forma mais agressivas. A queda do PIB é uma digital de que a crise econômica internacional chegou no País, e deve servir de alerta para o governo da necessidade de baixar os juros e o spread bancário", disse, em nota.

Fonte:
Último Segundo