Empresas italianas vêm a SP para a Wire South America visando fortalecer presença no mercado brasileiro

16/09/2015

Doze empresas italianas do setor de máquinas, produtos e serviços para a fabricação de fios metálicos e cabos de fibra óptica estarão presentes na  segunda edição da Wire South America 2015, a ser realizada de 6 a 8 de outubro, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, na capital paulista. O evento é realizado pela Messe Dusseldorf e promovido no Brasil pela Feira Milano, um dos maiores promotores de feiras de negócios do mundo.

Segundo informações do Instituto para o Comércio Exterior (ICE), a agência para a internacionalização das empresas italianas, o objetivo da vinda dessas empresas para a feira em São Paulo é fortalecer e expandir a presença dessas companhias no mercado brasileiro e, dessa forma, contribuir para o aumento do fluxo de comércio e investimentos entre a Itália e o Brasil. A indústria italiana de máquinas, produtos e serviços para a fabricação de fios metálicos e cabos de fibra óptica é composta por 120 empresas, que em seu conjunto têm uma forte presença no cenário mundial. Mais de 75% de toda sua produção é destinada à exportação. Seus produtos, de elevada qualidade, são referência em seus segmentos de atuação.

A comitiva empresarial  italiana na Wire South America será integrada pelas companhias Aeroel  srl (www.aeroel.it), Gimax srl (www.gimaxgroup.com), Guidetti  srl (www.guidettisrl.com), Nova srl (www.novait.it), PS Construzioni Meccaniche srl (www.pscm.it), Samp spa (www.sampsistemi.com), SAS Engineering and Planning srl (www.sas.it), Schnell spa (www.schnell.it), Sieme Italia Impianti srl (www.italiaimpianti.com), TKT Group srl (www.tktgkroup.it), Trafco srl-Cortinovis-Sictra (www.aries.it) e Travartec  srl (www.travartec.com).

Comércio bilateral

A participação em feiras como a Wire South America faz parte da estratégia do governo e das empresas italianas visando reforçar os laços comerciais com o Brasil e, de alguma forma, contribuir para diminuir a forte queda que vem sendo registrada este ano no fluxo de negócios entre os dois países.

De janeiro a agosto, as exportações brasileiras para a Itália tiveram uma queda de 22,23% e somaram US$ 2.171 bilhões. Nesse mesmo período, as vendas italianas para o Brasil (também em queda, da ordem de  21,83%) totalizaram US$ 3,356 bilhões. Com esses números, o intercâmbio bilateral assegurou aos italianos um superávit de US$ 1,184 bilhão nos oito primeiros meses deste ano. Nos últimos seis anos, a balança comercial ítalo-brasileira foi tradicionalmente favorável aos italianos. O superávit acumulado no período superou a cifra de US$ 8,5 bilhões. Segundo analistas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os dois países devem fazer todos os esforços possíveis para que o volume de trocas entre os dois países retorne ao patamar registrado no ano de 2011, quando atingiu a cifra recorde de US$ 11,664 bilhões (exportações brasileiras de US$ 5,441 bilhões e vendas italianas no montante de US$ 6,223 bilhões).

De janeiro a agosto deste ano, a Itália foi o destino final de 1,69% das exportações totais do Brasil. E se a participação italiana nas exportações brasileiras é pouco expressiva, é de se destacar o fato de que mais de 50% do total exportado pelo Brasil para a Itália no período (US$ 1,271 bilhão) foram de produtos manufaturados e semimanufaturados.

Os principais produtos exportados para a Itália foram pasta química de madeira (US$ 461 milhões), café não torrado (US$ 360 milhões), bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja (US$ 114 milhões), couros (US$ 102 milhões), carnes de bovinos (US$ 93 milhões), minérios de ferro (US$  80 milhões), outros couros (US$ 79 milhões). A pauta exportadora para a Itália incluiu também blocos de cilindros e cabeçotes para motores, ácido biliar, moto-compressores, ouros motores de explosão, produtos semimanufaturados de ferro/aço, outros cabeçotes, pneus, polietilenos e motores elétricos, entre outros.

A pauta exportadora italiana é composta, integralmente, por produtos industrializados.  Os principais destaques foram outras partes e acessórios de carroçarias para automóveis (US$ 101 milhões), aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias (US$ 71 milhões), máquinas e aparelhos mecânicos com função própria (US$ 68 milhões), outras partes e acessórios para tratores e automóveis (US$ 50 milhões) e fornos de arco voltaico industriais (US$ 45 milhões).

Fonte:  comexdobrasil.com.br