Empreendedor que vendia picolés na rua fatura R$ 5 milhões com sorveteria
20/08/2015
Émerson Serandin vendia picolés na rua aos 11 anos de idade, quando ainda morava em Catanduva, no interior de São Paulo. Ele começou a trabalhar cedo porque precisava ajudar a família, que era muito humilde. Quando ficou mais velho, optou por deixar de lado o sorvete e se arriscar no campo do processamento de dados – onde trabalhou por dez anos. Em 2014, decidiu largar tudo para empreender e criou a Ice Creamy, franquia de sorveterias artesanais que deve fechar 2015 com um faturamento de R$ 5 milhões. “Ao longo da minha caminhada profissional, sempre tive o sonho de abrir uma empresa”, diz Serandin. Tudo começou em 2006, quando estava em Campos do Jordão, e conheceu um método novo de trabalhar com sorvetes, trazido da Europa: a produção em pedra congelada. Como sentiu que poderia expandir o serviço no Brasil, o jovem apostou e foi estudar fora do país. A mistura do sorvete é preparada na hora e os ingredientes são manuseados com a massa pelos especialistas em grandes pedras de ferro congeladas. Além disso, há uma apresentação especial, que chama a atenção dos clientes.
Depois de se formar na universidade do sorvete na Itália e passar por cursos nos Estados Unidos, Serandin voltou disposto a abrir a Ice Creamy. Antes de tirar o projeto do papel, ele afirma que houve um planejamento bem apurado para lançar a sorveteria. “Eu sabia exatamente o que queria e sabia como criar um produto diferenciado”, diz.
Para Émerson Serandin, o que torna realmente especial – e lucrativa – a experiência da Ice Creamy é o planejamento de franchising. Desde a primeira loja montada a marca tem “cara de franquia”. “Montei neste formato porque vislumbrava crescer com franquias. Elas permitem que outros empreendedores realizem seus sonhos, assim como eu”, afirma. A Ice Creamy trabalha com cinco modelos diferentes: quiosque para shopping, loja para shopping, foodtruck, loja contêiner e loja de rua. Segundo Serandin, o investimento inicial mais barato é de R$ 100 mil para os quiosques e o mais caro, de R$ 280 mil para lojas de rua. Para o empreendedor, um plano tão abrangente é positivo. “Acredito que as pessoas querem empreender. Por isso, quero disponibilizar várias opções diferentes, de vários valores.” Ele também afirma que, pensando exatamente nisso, a Ice Creamy desenvolveu um plano exclusivo, no qual o franqueado pode parcelar o total da franquia em até 60 vezes.
Segundo Serandin, a resposta está sendo ótima. Em seis meses, já são 54 franqueados trabalhando com a Ice Creamy – número que deveria ser atingido somente no final de 2016. “Estou muito orgulhoso. Terminamos o ciclo um ano e meio antes do que imaginávamos”, afirma. Para o empreendedor, a empresa deve fechar 2015 com um faturamento de R$ 5 milhões. Mas o empreendedor quer mais. A meta da Ice Creamy é alcançar os 100 franqueados até o final deste ano e faturar R$ 15 milhões em 2016. Além disso, ele deseja atingir as 500 lojas até 2026. “Quero que a Ice Creamy se torne, em dez anos, a maior rede de sorvetes do país.”
Fonte: G1 Globo