Economia do sol nascente atrai empresários brasileiros
09/01/2009
O crescimento econômico mundial pós-guerra beneficiou diretamente o Japão com base nos princípios de livre comércio desenvolvidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio). Desde 1968 o país se tornou a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Em 2001, a renda per capta nacional chegou a US$ 24.038 – marca que coloca o país asiático em 5º lugar no ranking entre as 30 nações que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), apesar de, naquele ano, a economia japonesa ter retraído 1,1%.
Entretanto, nos anos seguintes, a economia retomou seu fôlego de evolução.
O PIB do país em 2002 atingiu a marca de 532,96 trilhões de ienes. Em 2003, a economia registrou expansão de 0,8%, seguida por um crescimento de 2% no ano seguinte e 1,9%, também de incremento, no ano passado.
O mercado financeiro aposta que, neste ano, a taxa de evolução da economia do Japão fique em torno de 1,6%. Já para 2006, a projeção de alta é 2%.
O processo de recuperação da economia japonesa se dá desde o colapso da “bolha econômica” no início da década de 90. O governo japonês tem feito vários esforços para a revitalização, incluindo uma grande reforma estrutural.
Todavia, as maiores mudanças foram registradas no mundo corporativo. As empresas passaram por reformulações e, para aumentar a competitividade, desistiram dos benefícios tradicionais como, por exemplo, emprego vitalício e salários e promoções baseados no tempo de serviço.
Uma das alternativas encontradas pelos investidores, com expressiva participação de pequenas empresas, foi espalhar filiais de companhias japonesas em outros países asiáticos, como a China. A estratégia foi estimulada pelo baixo custo de mão-de-obra, incentivos fiscais e nicho de mercado daqueles países.
Historicamente, o Japão nunca se interessou em atrair aplicações estrangeiras. A proporção entre os investimentos externos e internos do país asiático sempre se manteve em torno de dez para um. No ano de 1997, por exemplo, o valor dos aportes externos realizados pelas empresas japonesas atingiu US$ 53,9 bilhões, enquanto que a aplicação estrangeira no país foi de US$ 5,5 bilhões.
Na ocasião, esse comportamento foi muito criticado por outras nações que enxergavam aí o fechamento do mercado japonês. No entanto, com o fomento aos investimentos estrangeiros no Japão, gradualmente essas aplicações registraram alta, com tendência a um maior equilíbrio entre suas cifras.
Diante das taxas de crescimento apresentando estabilidade, e com um mercado otimista para resultados futuros, cada vez mais investidores brasileiros confirmam o interesse em montar seus negócios no Japão. Para o sucesso, o investidor deve prestar atenção em algumas características locais.
O interessado em montar uma empresa em território japonês deve começar pela especificação dos setores compatíveis com a estrutura produtiva e condição geográfica do país, Estado e município.
Fonte:
Dinheiro Vivo
Gleyson Pereira