Discurso otimista de Meirelles faz mercado de juros fechar em queda

09/01/2009

Na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), o contrato de juros para abril fechou estável, com taxa de 16,19%. O contrato de julho teve baixa de 0,62%, com taxa de 15,95%. O contrato de outubro teve baixa de 0,88%, com taxa de 15,74%. O contrato de janeiro 2005 teve baixa de 1,79%, com taxa de.15,56%.

Investidores começaram março com otimismo no mercado de juros futuros. Mesmo com a ligeira alta na projeção da taxa Selic para março no relatório semanal Focus, o ânimo prevaleceu nos negócios e os vencimentos mais negociados fecharam em queda. No relatório do Banco Central, as projeções para o final do mês subiram de 16,25% no último levantamento para 16,30%.

A taxa está desde dezembro em 16,5% ao ano. Para Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, uma queda forte no juro não induziria a um crescimento mais rápido da economia, e sim, geraria apenas uma bolha transitória de curto prazo e um retorno acelerado não do crescimento, mas sim da inflação. O presidente do BC descarta ainda a utilização de outros mecanismos de combate à inflação. Para ele, o regime de metas, que prevê o uso da taxa de juros como instrumento de política monetária para combater a inflação, ainda é o sistema de maior sucesso no mundo.

Quanto ao Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, Meirelles afirmou que as atas das reuniões definem com clareza todas as razões que embasam do ponto de vista técnico as decisões tomadas pelo comitê.

O mercado de títulos da dívida ampliou o ritmo de alta, com as declarações otimistas do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que acredita que a economia continuará crescendo mesmo que o País não consiga excluir do cálculo da meta de superávit primário os gastos com investimentos em áreas como saneamento básico.

O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, tem alta de 0,71%, cotado a 96,812 centavos de dólares. O risco país Brasil tem queda de 3,50%, aos 551 pontos.

CMA 1/3/2004